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Enviada em: 07/05/2018

Gerir sonhos profissionais       O perfil socioeconômico das adolescentes que engravidam no país é habitante da periferia, atraso escolar devido às reprovações e pouco abastada financeiramente. Tal conjuntura limita a jovem em relação ao futuro e desse modo, a gravidez acaba por ser um caminho natural, uma vez que essa menina tem muitos exemplos ao seu redor. Assim, o empoderamento feminino deve ser o primeiro comportamento incentivado na sociedade para garantir a ruptura do padrão que é a gestação na puberdade.       Em primeira análise, a Organização Pan-Americana da Saúde identificou a média de 68,4 de gestantes em 1000 adolescentes entre 15 e 19 anos no período de 2010 e 2015, embora alarmante, o fato é que ocorreu uma singela diminuição quando comparado ao dado de 2005 a 2010, essa informação deve ser estudada para identificar o caminho para alcançar resultados ainda mais satisfatórios. Um dos caminhos possíveis é o incentivo às formações regular e técnico para jovens na periferia, já que meninas que alcançam maior nível de instrução tendem a engravidar mais tardiamente.       Além disso, as bolsas assistenciais que o governo brasileiro concede para os menos abastados propicia melhores condições para os familiares responsáveis no que se refere ao cuidado e reduz a possibilidade de subemprego e aumenta a perspectiva de uma vida diferente. Dessa maneira, as jovens não são submetidas aos riscos de uma infância e adolescência baseadas no encargo de assistir os parentes mais novos. Diante desse novo panorama, meninas podem reverter a ordem natural imposta pela sociedade patriarcal por décadas no país que é ser a mãe antecipadamente e cuidadora dos irmãos menores para que a matriarca possa trabalhar.       Logo, colocar em evidência a gravidez na adolescência é discutir o padrão imposto e possibilitar mudanças na conjuntura brasileira. Tais modificações passam por uma formação voltada para o mercado de trabalho e não apenas para reduzir o analfabetismo que deve ser feito pelo Ministério da Educação com incentivo de toda a sociedade por se tratar de um dilema de saúde pública por meio de palestras motivacionais mensais nas escolas da periferia com o objetivo de formar mulheres capacitadas a empenhadas a conseguirem se destacar no setor profissional. Ademais, garantir que programas sociais, como as bolsas, ocorra de maneira permanente e mais abrangente para que reduza o subemprego e que mais meninas possam ser somente responsáveis por sua formação durante a adolescência.