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Enviada em: 11/05/2018

Meninas-mães. Os séculos XX e, sobretudo, o século XXI foram marcados por avanços em todas as áreas, propiciados pela Revolução Tecnológica. Na medicina esses avanços evidenciaram-se principalmente pela melhora das técnicas de prevenção a gestações indesejadas. Entretanto, apesar de todos esses avanços, o Brasil ainda apresenta altos índices de gravidez na adolescência, configurando uma grave dificuldade da saúde pública brasileira. A gravidez entre jovens afeta 1 em cada 5 gestantes do país, segundo dados do Ministério da Saúde, e reflete um problema, que em muitos casos é um ciclo repetitivo entre as gerações de uma família. Esse fenômeno social perpetua-se principalmente entre as populações que vivem em condições de vulnerabilidade socioeconômica, além da mortalidade materna ser uma das principais causas de mortes entre mulheres de 15 a 24 anos. Outrossim, segundo o filósofo Immanuel Kant "É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade", aplicando essa frase a situação brasileira, percebe-se que a educação sexual entre adolescentes ainda é muito precária. Segundo a pediatra Philippa Gordon as jovens recebem muita mais informações sobre doenças sexualmente transmissíveis do que em relação a gravidezes precoces ou métodos contraceptivos, e esse fator propicia os altos índices de gestações na adolescência. Infere-se, portanto, que a gravidez na adolescência no Brasil é um problema e deve ser combatido. O Governo Federal, através do Ministério da Saúde deve criar programas de educação salutar para serem ministrados nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, visando informar as jovens e criar um senso crítico voltado para a prevenção de gestações precoces. Ademais, os pais devem conversar com seus filhos, independente do sexo, sobre sexo buscando conscientizar sobre os perigos das relações íntimas desprotegidas. Além disso, percebe-se a importância da mídia em veicular campanhas evidenciando as formas de prevenção para doenças sexualmente transmissíveis e também para a gravidez precoce. Dessa maneira, talvez, seja possível superar esse grave problema que ainda afeta o Brasil.