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Enviada em: 19/05/2018

No Brasil, entre os anos de 2010 e 2015, a taxa média de nascimentos entre adolescentes de 15 a 190 anos foi de 68 a cada mil, dados da Organização Mundial da Saúde. Um paralelo com o Canadá que no mesmo período teve uma taxa de apenas 11, revela o longo caminho para o controle desse problema social que afeta em vários âmbitos a vida dessas mães adolescentes.        Uma jovem que deu a luz durante a adolescência tem maiores riscos de desenvolver vários problemas de saúde ao longo da vida adulta. Além da alta taxa de mortes ligadas ao parto. Foram quase 2 mil mortes em 2014 relacionadas com a gestação e pós-parto. Essas e outras estatísticas estarrecedoras acerca desse assunto evidenciam a dimensão desse problema de saúde pública.        Além dos prejuízos pessoais sofridos por essas jovens mulheres, sejam eles físicos, psicológicos e sociais, há a questão do impacto que essa questão causa no sistema de saúde como um todo. Sendo que a parcela da população que é mais suscetível a ter filhos nessa faixa etária está em condição de vulnerabilidade, sobrecarrega assim a assistência pública de saúde.       Tendo em vista os pontos supracitados, é perceptível que o problema em questão é, em grande parte, decorrente da falta de informação. Dessa maneira é importante a inclusão no currículo escolar do assunto de gravidez na adolescência. Também é importante trazer os pais para a escola a fim de informá-los. Já que muitos ainda carecem de esclarecimento sobre o tema. Cabe, então, ao Ministério da Educação por meio de Secretarias de Educação a implantação desses programas informacionais. O ganho será perceptível não somente na qualidade de vida dos adolescentes em geral, como também no sistema de saúde.