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Enviada em: 18/05/2018

O termo adolescente tornou-se conhecido somente na era moderna, quando os jovens começaram a ter mais dependência dos pais diante de uma escolarização segmentada, assim, a educação e os laços familiares contribuíram para um nova denominação da vida humana: a adolescência. Visto isso, essa fase é marcada por desafios e novas experiências, por exemplo, o descobrimento da sexualidade e é nesse período que muitas adolescentes tornam-se mamães cedo demais. Essa gravidez indesejada acaba sendo um risco, pois a jovem ainda não tem estabilidade psicossocial para lidar com tal responsabilidade.  Diante disso, deve-se analisar como a falta de informações verídicas e a omissão familiar afetam essa problemática.         Nesse contexto, as informações a respeito da sexualidade, geralmente, são distorcidas pelos meios midiáticos, os quais alimentam uma realidade errônea sobre o tema. Isso decorre dos adolescentes estarem inseridos na sociedade de consumo, imersos nas novas tecnologias, as quais influenciam diretamente em suas vidas. Eles incorporam o que veem nos celulares e outros meios como verdade, já que, segundo a Neurociência, a parte do lobo frontal, que é responsável pelo senso crítico, está ainda em processo de desenvolvimento. Por conta disso, são levados pelas influencia da mídia e pelos hormônios e acabam tendo relações sexuais sem saber das suas reais consequências.         Atrelado à sociedade, nota-se, que a omissão familiar a respeito da sexualidade induz mais casos de gravidez na adolescência. Isso porque, culturalmente falar sobre sexo tornou-se um tabu, devido as influências religiosas acumuladas durante o período de formação do país, dessa forma, uma parcela da população associa que falando abertamente sobre o tema irá instigar os jovens a terem relações sociais. Entretanto, o filme Juno, que demostra o drama de uma adolescente de 13 anos grávida, mostra que a menina só conseguiu lidar com a situação com a ajuda do pai, pois até então ela provava total ignorância a respeito do sexo e da própria gravidez. Não é à toa, então, que o fato das famílias falarem abertamente sobre tema gera mais segurança aos adolescentes, visto que nessa fase o amparo familiar é essencial a formação do indivíduo.      Torna-se evidente, portanto, que, no Brasil, a gravidez na adolescência torna-se mais evidente devido a omissão familiar e e as informações errôneas produzidas pela mídia. Em razão disso, o Ministério da Educação deve incluir o ensino obrigatório sobre sexualidade na adolescência na grande curricular do ensino fundamental e médio a fim de informar mais a respeito do sexo e os seus riscos, criando comitês de discussão e palestras. Ademais, as famílias devem aliar-se aos meios midiáticos de forma positiva, a fim de extrair informações concisas para abrir o diálogo com os filhos a respeito do tema.