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Enviada em: 08/05/2018

A gravidez na adolescência pode ser apontada como de alto risco em virtude de diversos fatores, entre os quais destacam-se o biológico, considerando que o corpo da mulher não está devidamente preparado para a gestação, bem como o socioeconômico, partindo do princípio que um casal jovem não dispõe de condições, tanto emocionais, quanto, em diversos casos, financeiras, para manter, com qualidade, o desenvolvimento da criança. No Brasil, altos índices de gestantes na fase adolescente preocupam, o que deve ser feito para que tais estatísticas sejam reduzidas?       Em primeiro plano, cientificamente falando, é de fácil percepção o fato de que o corpo de uma jovem não está devidamente desenvolvido e preparado para a concepção e gestação de uma criança, em especial, o sistema reprodutor, o qual está ligado, de modo direto, ao período de geração, provimento e abrigo do embrião. Por essas razões, a gravidez na juventude é considerada de alto risco, visto que a probabilidade de complicações, tanto para a mãe, quanto para o filho, é alta, e os casos de malformações das crianças são mais habituais quando comparados aos filhos de mulheres adultas, com o corpo já totalmente preparado.             É oportuno frisar também que o fato da carência de informação, conhecimento e acesso aos métodos contraceptivos, o desdém da família para passar instruções e conversar sobre tal assunto concomitante ao desinteresse dos próprios jovens para com as consequências, são de extrema importância e relevância para os índices presenciados no país, os quais mostram que a taxa de gravidez na adolescência beira 70 casos para cada 1000 meninas, quando a média mundial não chega aos 50. Somando isso ao fato de que, na maioria dos casos, as jovens que engravidam, abandonam a escola para cuidar dos filhos, perpetua-se, direta ou indiretamente, a pobreza, o baixo nível de escolaridade e o desemprego, ocasionando uma reação em cadeia maléfica para a sociedade e país.         Diante de tal situação, compete ao governo, através de suas respectivas prefeituras, proporcionar a instalação de postos de saúde, viabilizando a obtenção de preservativos e afins, e por intermédio do Ministério da Saúde, promovendo campanhas que busquem instruir os jovens sobre os usos dos métodos anticoncepcionais e dos riscos da gravidez, tendo como intuito a redução de DSTs e de casos de gestação na adolescência, proporcionando, por conseguinte, uma melhora na qualidade de vida da população. E adequa-se à família, ter um maior diálogo com seus filhos, mostrando-lhes os riscos e consequências que uma atitude imprudente pode causar-lhes