Materiais:
Enviada em: 08/05/2018

O futuro repetindo o passado    A gravidez precoce no Brasil não é uma invenção atual: o fato de a mulher ter filhos muito cedo está enraizado em nossa sociedade desde os primórdios de sua formação. É possível afirmar que esse impasse se configura evidente, não só por causa da educação deficiente, como também pela ineficaz saúde preventiva.     Em primeira análise, cabe pontuar que as instituições escolares são negligentes, pois não abordam sobre sexo e procriação entre os jovens. Comprova-se isso por meio da falta de campanhas, debates e instruções que mostrem os perigos e prejuízos de uma gestação na adolescência. Além disso, existe uma crença equivocada que informar a juventude sobre métodos contraceptivos pode encorajá-los a praticarem o ato sexual. Por conseguinte, as pessoas vivem na realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.     Ademais, outro fator que agrava o problema é a defasagem na saúde preventiva. Uma prova disto é a escassez da existência de programas que distribua remédios contraceptivos e que instrua sobre o uso deles. Como consequência, existem 68,4 nascimentos para cada 1000 adolescentes e uma alta mortalidade materna entre elas.     É  evidente, portanto, que a gestação na juventude é um impasse que precisa ser combatido. Logo, é necessário que as escolas realizem debates sobre esse tema, por meio de palestras, que integrem os estudantes e suas famílias, a fim de reduzir paradigmas e diminuir índices desse problema. Também, é primordial que o Poder Legislativo invista mais verba na saúde preventiva, através da criação de uma política pública, para a juventude feminina, no intuito de amenizar esse impasse. Só assim, tratando causas e efeitos, a célebre frase de Cazuza : " o futuro repetindo o passado" se tornaria errada.