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Enviada em: 13/05/2018

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, a incidência de gravidez na adolescência reduziu 17% entre o período de 2004 e 2015. Contudo, o índice permanece alto, o que configura um problema de ordem social, e de saúde pública no Brasil. Nesse sentido, faze-se necessário debater a causalidade e as conseqüências da problemática em questão.       Em primeiro plano, é valido ressaltar que a permanência do tabu em torno da sexualidade dos jovens, na sociedade contemporânea, é um fator determinante para a persistência da gravidez na adolescência, uma vez que o debate sobre a temática no âmbito familiar é censurado, por receio dos pais de influenciar em sua vida sexual. Assim sendo, devido á ausência de orientação adequada sobre contracepção e sexualidade, os jovens não compreendem o funcionamento dos métodos preventivos, o que corrobora para a gravidez indesejada.     Dessa forma, a maternidade juvenil pode gerar conseqüências prejudiciais à saúde do adolescente bem como o seu desenvolvimento social e econômico. Nesse sentido, devido a gravidez precoce ocorre o abandono dos estudos, a não qualificação e conseqüentemente dificuldades para ingressar no mercado de trabalho, o que gera perpetuação de um ciclo de pobreza e exclusão. Assim, segundo pesquisa do ministério da educação 18% da evasão escolar entre meninas é decorrente de gestação. Alem disso, os riscos a saúde materna são diversos, como depressão pós-parto, eclampsia, aborto e até mesmo óbito. Conforme o ministério da saúde houve 274 mortes entre jovens grávidas relacionadas a causas obstétricas e tentativas de aborto no ano de 2004.         Portanto, para que haja uma redução no índice de gravidez entre jovens, o Ministério da Saúde deve  promover encontros nas Unidades Básicas de Saúde direcionadas aos pais de adolescentes a fim de orientá-los na educação sexual dos jovens, por meio de debates, palestras com psicólogos e médicos, visando desconstruir a cesura em torno do assunto, bem como instruir os jovens sobre métodos e uso de contraceptivos.