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Enviada em: 13/05/2018

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cada mil nascimentos no Brasil cerca de 66 foram gerados por meninas  com 14 até 19 anos. Esse fato evidencia a gravidade no estado de saúde nacional, visto que devido a ausência do debate sobre os impactos da gravidez precoce na vida da mulher e do bebê, os índices nacionais tem aumentado gradativamente.     A princípio, é fundamental avaliar os danos da gestação precoce na adolescência. Apesar da assistência governamental a tratamentos adequados, como o acompanhamento médico do pré-natal, muitas jovens ainda desconhecem esses direitos; fato que também corrobora para a estagnação perante a gravidez. Além disso, os impactos são desastrosos na vida das gestantes — já que atrapalha no seu desenvolvimento psicossocial e , consequentemente, interfere na quadro de saúde do seu filho.     Outro aspecto que corrobora o cenário atual, é a pífia ou nenhuma discussão a respeito da gravidez precoce nas instituições de ensino; tanto na rede privada quanto na pública. O senso comum de que debates a respeito da saúde sexual estimula os jovens a serem sexual ativos, é totalmente errôneo. Dados da OMS comprovam que cerca de metade dos jovens tornam-se sexualmente ativos antes de estarem no ensino médio. Logo, é preciso informar e alertar sobre os impactos psicológicos, sociais e econômicos da gravidez precoce a fim de reduzir problemas futuros.     Diante do exposto, faz-se necessário a consonância do Ministério da Educação com o SUS com o intuito de promover o debate nas instituições a respeito das causas e consequências da gravidez na juventude, através de palestras e campanhas que induzam à conscientização coletiva e, consequentemente, a mudança de atitude. Desse modo, informando e prevenindo os jovens, é possível atenuar o cenário caótico, pois como dista Paulo Freire "se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda".