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Enviada em: 14/05/2018

Conforme as leis newtonianas para toda ação há uma reação de igual intensidade e sentido contrário.De maneira análoga, a persistência da gravidez na sociedade contemporânea é fruto de uma conjuntura social patriarcal e preconceituosa a qual torna o assunto "gravidez na adolescência" e seus derivados um tabu.Desse modo, é nítida a ineficácia da família e escolas com a abordagem do assunto, além das condições que as adolescentes são expostas juntamente com a falta de oportunidades.       É indubitável, de fato, que o índice de gravidez precoce alavancou no Brasil. Segundo a UNICEF, existem na sociedade brasileira 21 milhões de adolescentes grávidas, isso de fato é uma problemática, uma vez que a maioria acaba abandonando os estudos, aumentando assim os riscos de desemprego. Decerto, é fruto de uma sociedade preconceituosa que não aborda o assunto e o trata como tabu, não existem rodas de conversas entre as famílias nem nas escolas, por conta de um meio social patriarcal, a qual mantém conceitos antigos preservados, como resguardar a mulher e torná-la vítima e submissa a qualquer assunto e o reflexo disso são jovens estagnando a vida, por não ter um espaço -o qual deveria ser algo totalmente natural e leve- e uma intimidade para expor suas dúvidas e anseios.       Sob esse viés, pode-se apontar o filósofo Kant, quando afirma que o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Dessa maneira, é válido ressaltar que se o governo inserisse educação de qualidade e atendesse com as perspectivas esperadas pela população no âmbito educacional e social as condições de qualquer adolescente mudaria. Por consequência, diariamente é vista a luta de classes, a qual classes mais favorecidas são as privilegiadas, o que acarreta melhores oportunidades e educação, principalmente educação sexual. Por isso, o índice de gravidez é superno em sociedades de baixa renda. Sem dúvidas, são características da sociedade brasileira, inatas, logo atemporais e tendentes a permanência.       Infere-se, portanto, que um corpo tende a permanecer do jeito que está, até que uma força atue sobre ele, isto é, se algo não for feito os índices de gravides tendenciaram a crescer. Sendo assim, cabe a escola juntamente com a família desenvolver debates dinâmicos com a participação dos responsáveis pelo adolescente,esses debates iriam incluir: peças,fóruns,palestras e consultas com a psicóloga -toda família participando e interagindo- a fim de quebrar esse preconceito com o assunto, tornando-o mais leve,íntimo e dinâmico para conversas sem restrição alguma. Ainda cabe a Receita Federal, investir em comunidades onde o índice de gravidez seja maior do que em outros enfoques, esse investimento daria-se por instalação de postos de saúde, com a disponibilização de uma orientadora sexual e métodos contraceptivos, para atenuar esse índice que tanto assombra os jovens.