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Enviada em: 12/05/2018

Segundo o pensamento do filósofo Immanuel Kant, "o ser é aquilo que a educação faz dele", ou seja, o conhecimento é o principal instrumento para o desenvolvimento do cidadão. Esse panorama auxilia na análise da abordagem da gravidez na adolescência em evidência no Brasil, visto que a desinformação e a fragilidade na educação sexual são questões problemáticas. Diante dessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro, além do contexto social que está inserido esse jovem.       Em primeiro plano, evidencia-se que a sociedade brasileira é historicamente estruturada por um modelo excludente, imposto pelos grupos dominantes, no qual o indivíduo que não atende os "requisitos", sofre uma periferização social. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as meninas que engravidam na adolescência, na maioria dos casos, são pobres e com menor escolaridade. Assim, nota-se como a desigualdade está intrinsecamente ligada ao crescente número de gravidez precoce, ocorrendo principalmente nas classes baixas, onde muitas vezes a estrutura familiar é fragilizada, junto com a defasagem escolar e a falta de estrutura da saúde pública.       Outro ponto relevante, nessa temática, é a fragilidade dos laços humanos, acarretando a falta de diálogo dos familiares com os jovens. Os valores conservadores ainda estão intimamente enraizados na sociedade brasileira, o que também influencia diretamente nas escolas e na deficiência da grade sobre educação sexual. Por conseguinte, a gravidez na adolescência é a maior causa de morte de jovens no Mundo, segundo o OMS (Organização Mundia da Saúde). Isso se deve, principalmente a complicações na gestação  e a práticas de abortos ilegais em clinicas clandestinas, sem métodos seguros e as devidas condições de higiene. Em vista disso, o crescente número de gravidez na adolescência se deve e está presente na estruturação desigual da sociedade,        Logo, medidas públicas são necessárias para alterar esse cenário. É fundamental, portanto, a criação programas de inclusão educacional para os jovens e familiares, pelas prefeituras, visando à elucidação das massas sobre a educação sexual, por meio de palestras de orientação. Ademais, é vital a capacitação do professores neste âmbito e a real inserção deste assunto na grade escolar, pelo Ministério da Educação. E por fim, o Ministério da Saúde deve fazer constantes campanhas a respeito de formas de prevenção.