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Enviada em: 09/05/2018

De acordo com os dados coletados pelo Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) e divulgados pelo ministério da saúde, a quantidade de adolescentes grávidas no Brasil reduziu 17%, mas mesmo assim anualmente mais de 500 mil ainda dão a luz. Nesses dados estão contemplados as meninas de 10 a 19 anos. Uma vez que, a gravidez precoce é um problema de saúde pública, que causa riscos à saúde da mãe, do bebê e tem impacto socioeconômico. Nesse contexto, é necessário romper esse ciclo e assegurar que adolescentes e jovens alcancem seu pleno potencial.    É relevante abordar, primeiramente, que segundo o Ministério da Saúde, a queda de 17% de adolescentes grávidas no Brasil se deve a expansão do programa saúde na família, que aproxima mais jovens a profissionais de saúde, mais acessos a métodos contraceptivos distribuídos pelo governo, como pilula, preservativo e até mesmo o DIU. E também o programa saúde na escola que fala de saúde como um todo no ambiente escolar. No entanto, ainda sim a Unicef indica que o Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, sendo que cerca de 300 mil crianças nascem de mães nessa faixa etária. Sendo assim, observa-se que mesmo que tenham todos esses incentivos, ainda tem a desinformação, falta esclarecer as dúvidas dos adolescentes no que diz respeito à sexualidade, sem preconceitos, tabus ou estigmas.     Em decorrência disso, a jovem acaba sofrendo com os riscos e consequências de uma gravidez precoce, sendo na maioria das vezes, indesejável e trazem consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe e do filho. A maioria das adolescentes que engravida abandona os estudos para cuidar do filho, o que aumenta os riscos de desemprego e dependência econômica dos familiares. Além disso, esse fatores contribuem para a perpetuação da pobreza, baixo nível de escolaridade, abuso e violência familiar, tanto à mãe como à criança. Por consequência da situação socioeconômica e a falta de apoio e de acompanhamento da gestação (pré-natal) contribuem para que as adolescentes não recebam informações adequadas em relação à alimentação materna apropriada, importância da amamentação e vacinação da criança.      Evidencia-se, portanto, que é preciso que o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde reforcem mais e levem para todas as escolas do país programas como o Saúde na Escola (PSE), que aproxima a assuntos da saúde do ambiente escolar. Assim sendo, cabe á mídia a estratégia de contar com o apoio de influenciadores do público jovem, como os YouTubers. Ou ainda, trazer uma campanha de conscientização entre os vídeos. É papel da família esclarecer as dúvidas dos adolescentes, com o objetivo de desconstruir mitos, expor situações reais, informar e orientar os adolescentes .