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Enviada em: 14/05/2018

No livro “Clara dos Anjos”, do escritor Lima Barreto, é retratada a personagem de Clara uma menina muito bem educada que se apaixona loucamente por Cassi Jones, um rapaz mulherengo que se aproveita da inocência da jovem e a engravida. Fora da literatura, a gravidez na adolescência é crescente no Brasil, e isso coloca em risco a saúde dos recém- nascidos e das futuras mães. Esse problema é devido a negligencia dos jovens e a omissão familiar que não discute sobre sexualidade, fazendo-se necessárias medidas a fim de reverter este quadro.      Vale abordar, antes de tudo, que o alto índice de desigualdade social no Brasil impulsiona a gravidez precoce, no entanto a população carente conhece os riscos. Mesmo que a diferença entre classes restrinja o acesso a informação de qualidade, faz parte do conhecimento mútuo as principais consequências da gestação na adolescência: risco de morte materna, fim do ciclo escolar, abandono do recém-nascido e uma saúde frágil do filho. Dessa forma, percebe-se que a negligencia dos jovens é o maior problema, haja vista que eles possuem consciência da gravidade de seus atos e os prejuízos para sua vida.      Mas, também, a família não cumpre seu papel corretamente, pois deixam os assuntos relacionados a sexo para o ambiente escolar. Isso porque há um certo desconforto dos pais em falar sobre esse assunto com seus filhos. Eles pensam que dialogar sobre as consequências da gravidez precoce ou preservativos fará com que seus descendentes comessem a vida sexual imediatamente. Assim, toda a função de educação mental e orientação fica para as instituições de ensino, e elas não abordam o tema com a complexidade necessária.      Além disso, há o perigo de contagio das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s), visto a relação sexual sem proteção entre os jovens. Sífilis, Herpes, Condiloma Acuminado (HPV) e AIDS são algumas das várias enfermidades que podem atingir os adolescentes e serem passadas ao bebê durante a amamentação, por exemplo. E no Brasil elas tem crescido consideravelmente nos últimos anos, enquanto que na maior parte do mundo ocorre o efeito contrário.       Torna-se evidente, portanto, que é por meio da educação que a gravidez precoce será combatida, por isso, cabe ao MEC a promoção de palestras com especialistas em sexualidade juvenil, em escolas de nível fundamental médio e técnico a fim de fazer debates que incluem e instruem a família sobre a importância da responsabilidade sexual. Desse modo, jovens terão os conhecimentos necessários para um possível início da vida sexual, visto o incentivo ao uso de preservativo nas relações sexuais, evitando a transmissão de DST’s e, consequentemente, a gravidez indesejada.