Materiais:
Enviada em: 20/05/2018

Depois da infância, a adolescência é a fase que há mais descobertas pessoais: gostos, estilo, sexualidade e o que se quer fazer profissionalmente na posterioridade. Entretanto, quando esse período não tem o devido acompanhamento por quem já passou por ela, no âmbito da sexualidade o jovem pode enfrentar diversos conflitos e consequências, como a gravidez precoce. Diante disso, valida-se a discussão acerca da gestação na adolescência como uma problemática oriunda da abordagem insuficiente ou inexistente no ambiente de maior convívio juvenil (escola), gerando o aumento dos casos no país.       A priori, a gestação na fase da puberdade é um tema no qual muitas escolas não depositam a assistência necessária e uma abordagem efetiva. Nesse ínterim, os programas de educação sexual nas escolas, voltados os alunos do fundamental e médio, são majoritariamente sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), negligenciando outros temas importantes para a formação do jovem sobre o assunto, incluindo o papel dos contraceptivos para evitar uma gravidez antecipada, o que vem se tornando um desafio para a sociedade hodierna. Em vista disso, a criança e o adolescente adquirem a instrução de forma incompleta, ficando propensos a serem alvos de problemas advindos da falta de orientação.        A posteriori, quando a educação sexual que provem da esfera escola, a qual o jovem passa a maior parte do tempo e é portadora de profissionais especializados, deixa de ser abrangente, é tido como consequência um índice crescente  de gravidas precoce no país. Nesse sentido, de acordo com análise da Organização Mundial da Saúde, a taxa de gestação na adolescência no Brasil ultrapassa a estimativa mundial e a da América Latina, com 68,4 nascimentos para cada 1000 meninas entre 15 e 19 anos, corroborando a situação de carência na abordagem correta e da manutenção dos projetos educativos que possam incluir a contracepção como tópico a se debater.       Evidencia-se, pois, que a gravidez na adolescência é um desafio a ser enfrentado no Brasil em sua contemporaneidade. Assim, é importante que o Ministério da Saúde, em parceria com a docência das escolas de nível fundamental e médio, proponha o aumento e a reformulação dos projetos de educação sexual instaurados nas instituições de ensino, por meio da inclusão em seu repertório da importância da contracepção, o modo correto de utilizar e como consegui-los, além de proporcionar aulas periódicas abrangendo temáticas relacionadas, objetivando reduzir os números elevados de jovens grávidas no país e garantir que todos os brasileiros em desenvolvimento tenham ciência da contracepção humana.