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Enviada em: 11/05/2018

Ter ou não um filho é uma questão pessoal e um sonho para muitas pessoas, cabendo a cada um decidir. Entretanto, a gravidez na adolescência tem se tornado um assunto preocupante no Brasil, uma vez que é notório o crescimento do número de jovens de 15 a 19 anos que vem se tornando mães no país. Nesse sentido, medidas de prevenção à gravidez na adolescência e diálogos na escola e em casa são ações que podem contribuir para a diminuição desses casos.       Em primeiro plano, é preciso entender que a gravidez na adolescência não significa somente uma nova responsabilidade na vida de uma jovem. Isso reflete, sobretudo, no seu nível de escolaridade, considerando o alto número de meninas que interrompem os estudos quando engravidam. Segundo pesquisa feita pelo Ministério da Educação (MEC) em parceria com outros órgãos, no Brasil, cerca de 18% das jovens entre 15 a 19 anos referiram-se à gravidez como o principal motivo para sua evasão escolar. Além disso, tal consequência acarreta também outros problemas, tendo em vista que foi comprovado que a escolaridade dos pais é fator decisivo para o nível de ensino que os filhos alcançarão. Logo, há que se inferir que sem um grau de estudo relevante, essas jovens e seus filhos poderão ser postos à margem da sociedade, aumentando ainda mais o número de pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade e desigualdades sociais.       Sob esse viés, também é válido ressaltar que ao passarem por uma gravidez indesejada, essas jovens encontram-se ainda mais vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), uma vez que se não se protegeram adequadamente para evitar uma gravidez, tampouco houve a devida proteção contra as DSTs. Segundo o Ministério da Saúde, o número de jovens infectados no Brasil é preocupante, pois vem aumentando gradativamente, sobretudo pela falta do uso de preservativo. Percebe-se, portanto, que a falta de diálogo entre professores e alunos, bem como entre pais e filhos sobre sexualidade é fator que influencia nisso, devido ao sexo ainda ser considerado, por muitos, um tabu.        Conclui-se, dessa forma, que para diminuir os altos índices de gravidez na adolescência, é de suma importância que a educação sexual seja matéria inserida nos currículos das escolas, para que possa ser tratada pelos educadores, dando a esse assunto a sua devida relevância. Ademais, cabe aos pais abordarem esse assunto em suas casas, inserindo nos diálogos métodos de prevenção à gravidez indesejada, bem como contra as doenças sexualmente transmissíveis. Assim, observadas essas ações conjuntas, os jovens conseguirão se manter esclarecidos quanto a isso, o que contribuirá para diminuir sobremaneira os casos de gravidez em adolescentes no país.