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Enviada em: 09/05/2018

A gravidez na adolescência tornou-se uma questão muito presente na conjuntura contemporânea, uma vez que, de acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015 a taxa de nascimentos a cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos era de 68,4 jovens, o que acaba afetando indiretamente o futuro dessas pessoas e da Nação. Diante disso, dois aspectos fazem-se relevantes: a vulnerabilidade social e a omissão familiar.   Em uma primeira análise, é primordial ressaltar os efeitos da vulnerabilidade social nessa problemática. Isto é, inegavelmente, não só o Brasil mas a grande maioria dos outros países convivem com a imensa desigualdade social, fruto da concentração de renda e do capitalismo. Nesses sentido, essas pessoas em difícil contexto socioeconômico apresentam, muitas vezes, baixa escolaridade, falta de informação e planejamento. Em razão disso, a incidência da gravidez na adolescência é mais frequente nessa parcela, pois poucos tem conhecimento sobre os métodos contraceptivos e da responsabilidade de uma gestação, o que acaba gerando, quase sempre, evasão escolar e dificuldades para mãe, pai e filho.   Outro fator importante que vale a pena abordar é a omissão familiar. Em outras palavras, no limiar no século XXI,  o desejo insaciável de obtenção de lucro máximo faz com quem muitos pais precisem passar mais tempo trabalhando do que educando os próprios filhos. Em virtude dessa ausência, certos diálogos considerados fundamentais para a formação de caráter nos adolescentes são deixados de lado que, somado ao acesso livre e precoce a conteúdos eróticos nas redes sociais e smartphones, potencializam uma vontade nesses indivíduos a conhecer mais esse mundo sem nenhuma noção de proteção e adversidade. E isso, além da gravidez precoce e indesejável, facilita ainda mais o surgimento de Doenças Sexualmente Transmissíveis nessas pessoas.   Portanto, é imprescindível que haja uma parceria entre o governo e a escola para mitigar esse problema. Logo, é dever do Ministério da Saúde, juntamente com agentes de saúde dos municípios, promover a educação sexual em regiões mais carentes do país por meio de campanhas que demonstrem o uso e como funciona os mais diversos métodos contraceptivos, além de conceder créditos para jovens que queiram comprar esses produtos, com o intuito de combater a evasão escolar. Ademais, cabe às instituições educacionais a realização frequente de palestras, tanto no ensino médio como no fundamental com professores locais,  que esclareçam as dificuldades da gravidez precoce a importância de uma juventude saudável tanto para as formações profissionais as quais os país necessita quanto para as realizações pessoais. Desse modo, a gravidez da adolescência poderá ser combatida assim como o Brasil terá uma sociedade mais consciente e desigual futuramente.