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Enviada em: 10/05/2018

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, no Brasil, a cada mil meninas entre 15 a 19 anos, 68 já viveram a experiência da maternidade, números que estão acima da média mundial estimada em 46 nascimentos a cada mil. Diante de tais dados preocupantes, deve-se analisar como o uso da tecnologia e a omissão do apoio familiar influenciam na problemática em questão.    O uso inadequado da internet pelos adolescentes está relacionado com a falta de políticas de orientação oferecida pelos pais. Para o sociólogo Durkheim, a educação é um fato social e se impõe coercitivamente pelos seus educadores, sendo assim, uma autoridade moral fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo. Todavia, em muitos casos há uma negligência por parte dos responsáveis, em que a falta de monitoramento e instrução, faz com que adolescentes estejam cada vez mais engajados com páginas destinadas ao público adulto e tendem a ser influenciados buscando reproduzir as práticas sexuais.     Além disso, nota-se, ainda, o grande descuido com a mãe que lida com a nova experiência. A gravidez precoce é um evento de risco para a saúde da adolescente, e o pré-natal e o pós-parto podem gerar depressão e desequilíbrio emocional caso o casal não tenha a aceitação e o apoio familiar. Ademais, o convívio social pode se tornar um verdadeiro desafio, gerando um grande desconforto para os jovens, em que muitas das vezes, abandonam o ambiente escolar pelos preconceitos sofridos e pela complexidade das novas responsabilidades exigidas.    Torna-se evidente, portanto, que o papel familiar na prevenção da gravidez na adolescência e o apoio social aos jovens que já lidam com a experiência se faz cada vez mais necessário. Em razão disso, a Secretária Nacional de Promoção dos Direitos das Crianças e Adolescentes deve, a fim de buscar a conscientização, disseminar, nos meios de comunicação, propagandas que incentivem os pais o monitoramento e o diálogo com os filhos sobre o uso das tecnologias. Além disso, é mister que o Ministério da Educação, em parceria com pedagogos, crie projetos e métodos nas escolas, como, por exemplo, um cronograma educacional especifico, que auxiliem a mãe na adaptação de uma nova rotina para que possa voltar ao ambiente escolar com mais facilidade .