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Enviada em: 12/05/2018

A gravidez na adolescência tem sido uma situação muito recorrente na vida de muitas jovens brasileiras tendo seu índice de incidência, ainda, muito alto, acarretando muitos impasses tanto em suas vidas e quanto na de seus familiares.O baixo nível de escolaridade, pobreza e até mesmo a falta de diálogo a respeito de sexualidade são aspectos que podem ser explicativos para a ocorrência de tal fato em sua maioria.                                                                                                                               Indubitavelmente engravidar na adolescência não é um fato atual, em épocas passadas as garotas mais jovens eram incentivadas a casar cedo e engravidavam precocemente, o que era comum na sociedade daquele período. Além disso, podemos destacar que esta ocorrência atingia e atinge, majoritariamente, indivíduos que vivem em situações de instabilidade social e econômica que, muitas vezes, acabam por dificultar que as jovens tenham acesso á informações acerca de profilaxias que podem ajudá-las a se prevenir.                                                                                                        Ademais os percentuais de fecundidade de adolescentes no Brasil ainda permanecem elevados sendo para cada mil meninas entre 15 e 19 anos de idade, 68,4 nascimentos, isto deve-se, predominantemente, da falta de comunicação dos pais para com as jovens quanto a educação sexual, o que possivelmente diminuiria tal taxa. Segundo o filósofo Émile Durkheim, para o desenvolvimento do cidadão há o fato social que se estabelece pelo ato coercitivo, que é algo exterior ao indivíduo, contudo os familiares muitas vezes não dialogam e não monitoram seus filhos, estes por sua vez acabam por entrar em sites inapropriados e reproduzir o que veem, em consequência podem acabar engravidando na adolescência.                                                                                                                                       Em suma, é imprescindível a participação dos familiares nas conversas a respeito da gravidez na adolescência, além de suporte psicossocial aos juvenis. O Ministério da Saúde pode realizar projetos e campanhas de conscientização tanto para as jovens quanto para os pais, a fim de que os mesmos dialoguem com suas filhas sobre a educação sexual. Outrossim o Ministério da Educação (MEC) adjunto com a organização Ecos (Estudos e Comunicação em Sexualidade e Reprodução Humana), poderia realizar palestras nos âmbitos escolares com o propósito de inteirar os adolescentes neste contexto.