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Enviada em: 12/05/2018

É possível afirmar que a gravidez se torna foco recorrente de discussões quando associada à adolescência, uma vez que são consideradas fases que devem estar em ciclos distintos da vida. Em meio a muitas análises, a prenhez precoce é compreendida como nexo entre diversas problemáticas existentes em nível social, individual e psicológico.   Em primeiro lugar, admite-se dizer que a vida sexual precoce aliada à pouca informação pode culminar em gravidez na adolescência, esse comportamento prematuro, repetido em sua maioria nas classes menos favorecidas, pode ser compreendido como uma ação social tradicional, conforme Max Weber, uma vez que faz parte de condutas do cotidiano no qual os adolescentes estão inseridos. Nesse sentido, surgem os problemas sociais - violência, desemprego, déficit habitacional - alavancando, assim, os índices de pobreza, o quantitativo de pessoas em situações de vulnerabilidade logo desestabilização da organização social, o que Durkheim chamou de fato social patológico.    Outro aspecto a ser considerado é o impacto psicológico de uma gravidez não planejada na adolescência, em especial nas vidas das meninas, as quais "historicamente" carregam o fardo de serem as principais responsáveis pelo despreparo que ocasionou a gestação, podendo gerar conflitos familiares e evasões escolares. Além disso, a prenhez precoce pode provocar problemas de saúde à mulher, como pressão alta e depressão pós-parto, bem como o nascimento de crianças com baixo peso.        Sendo assim, para que as taxas de gestações juvenis reduzam, impera a necessidade de efetivação ou melhoria de programas sociais, como Planejamento Familiar, e abordagem de educação sexual nas escolas por meio de tecnologias educativas - debates com linguagem acessível, vídeos explicativos, dinâmicas - orientados por profissionais da educação/saúde, além de maior envolvimento da sociedade na cobrança da representatividade social no Conselho de Saúde.