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Enviada em: 09/05/2018

A gravidez na adolescência é um problema recorrente em vários países. Apesar deste fato, em grande parte, não são observadas grandes movimentações governamentais a fim de auxiliar na prevenção da gravidez precoce.       Ao se falar sobre gravidez na adolescência, é necessário, antes de tudo, realizar um recorte de classe. Este é um fenômeno observado principalmente em países mais pobres, nas classes sociais mais baixas. Dito isso, a prevenção deve começar atingindo um ponto fundamental à todos, mas que se apresenta, na maioria das vezes, falho nas classes pobres: a informação. Jovens periféricas precisam ser educadas, desde cedo, com a conscientização da realidade de uma gravidez e de se ter um filho.       Para uma conscientização efetiva, é necessário um investimento do governo nas escolas públicas e, mais do que apenas as escolas, um investimento em incentivos para que os jovens periféricos construam sua vida escolar desde cedo, de forma contínua. Já há um investimento nesse sentido para o ingresso nas instituições de ensino superior com o programa de cotas, mas é necessário que esse incentivo se dê desde o começo do ensino fundamental.       É necessária também a instauração de programas de conscientização dentro das comunidades, retirando-se o caráter elitista que os programas vigentes possuem. Há também uma necessidade de projetos de conscientização no interior dos estados, em que muitas jovens ainda vivem sob ideais antigos de casamento e gravidez, com pouca informação da realidade de uma gravidez na adolescência e de métodos contraceptivos.       Com a conscientização chegando dentro das favelas, dos morros e do interior dos estados, será muito mais fácil a prevenção da gravidez na adolescência, pois, como dito por Paulo Freire, "Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções".