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Enviada em: 10/05/2018

É evidente que hoje o Brasil passa por uma questão delicada quando observamos o índice de gravidez em adolescentes no país. Isso acontece não só por uma questão de falta de interesse de informação de jovens, mas sim por uma clara dificuldade de obter acesso, até porque a condição social dos que possuem os bebês são pessoas de uma classe social socioeconômica inferior.  De fato, é perceptível que esse problema atinge uma parcela específica da população, geralmente jovens moradores de áreas periféricas com baixa escolaridade. A ocorrência disso se dá por um desequilíbrio na chegada de informação pra um jovem desse para um de classe média/alta, pois é nítido que pessoas que possuem uma instrução, não só escolar como familiar, mais sólida torna essa problemática muito mais difícil de ocorrer. A questão principal é que caso ocorra, as jovens de classes favorecidas se submetem a cirurgias abortivas muitas das vezes, mesmo sendo caríssimas e proibidas no Brasil, enquanto aquelas que não tem esse privilégio econômico se submetem a ter o bebê em condições precárias de vida ou, até mesmo, abortar em clínicas clandestinas com inúmeros riscos até de vida.  Embora todo o sistema leve a crer que sejam bastante irresponsáveis e poderiam ter evitado essa situação antes, deve-se lembrar que a sociedade brasileira passa por uma crise social gigantesca. Isso torna tudo muito complexo já que o jovem residente de favela não possui uma base familiar nem um aporte escolar geralmente, então não tem acesso à informação digno, não se ligando na importância de uso de métodos contraceptivos e da mudança de vida que traz um bebê. Tudo isso ocorre pelo desleixo e falta de estrutura dada à educação pública no país, que não orienta e não fornece essa informação, fazendo um adolescente, que já com uma família muitas das vezes desestruturada e sem acesso à privilégios, reproduzir esse problema e alarmando ele cada vez mais, e com isso, acentuando o processo de invisibilidade social. Por fim, fica claro que o problema passa por uma estrutura não tão bem definida socialmente no país. Logo, é importante que o governo possa atuar mais incisivamente através de campanhas publicitárias em mídias sociais/televisionadas detalhando a importância dos métodos anticoncepcionais para que esses jovens possam ter conhecimento do quão importante é o uso em qualquer tipo de relação. Além disso, é importante que a escola traga alinhada à ONGs projetos sociais e integradores para que jovens possam entender e ter um acesso à base de dados muito maior do que é hoje, porque assim esse cidadão vai crescer com uma consciência muito maior e com visões muito mais amplas do assunto, diluindo com o tempo todo esse problema no cenário nacional.