Materiais:
Enviada em: 10/05/2018

De acordo com o Sistema de Informação de Nascidos Vivos, houve uma redução de 17% nas taxas de fertilidade entre adolescentes nos últimos anos. Ainda que esse número tenha diminuído, a gravidez precoce ainda é um problema, visto que, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada) uma em cada cinco crianças possui mãe com idade entre 10 e 19 anos, o que demonstra que a desinformação sobre métodos contraceptivos ainda persiste. Nesse contexto, deve-se analisar  como o entrave histórico cultural impede a discussão sobre sexualidade e qual o papel da escola frente tal questão.  A sexualidade ainda é um tabu para os pais. Isso acontece devido a influência histórica que as instituições religiosas ainda mantém sobre a sociedade, sobretudo no modo como o sexo é abordado. A comunidade, então, por ser pautada nesses ideais acaba retendo informações que deveriam ser compartilhadas com esses adolescentes fazendo que ocorra uma falha dos pais quanto à orientação de métodos contraceptivos e à transmissão de valores. Devido a isso, muitos jovens não são ensinados que a vida sexual exige responsabilidades, e que sua falta pode ocasionar o aumento de DST's e de gravidez precoce.    Atrelado à sociedade, nota-se, ainda, que as escolas não tem cumprido seu papel. Nota-se, ainda que muitos educadores ao querer abordar tal temática sofrem censuras por parte da comunidade e órgãos administrativos. Sobretudo, a existência de uma educação sexual nessas instituições é fundamental, visto que, os adolescente passam a se relacionar, principalmente, nos colégios e sua ação deve se dar de forma conjunta com a família. Dessa forma, a não instrução sexual só resulta no constante aumento do número de pais imaturos.    Diante dessa problemática, constata-se que a gravidez precoce será combatida através da educação. Desse modo, cabe ao Ministério da Educação em parceria com profissionais especializados em sexualidade juvenil a realização de palestras nas escolas, em nível médio, afim de orientar e quebrar possíveis tabu de seus alunos e responsáveis. Ao Ministério da Saúde, compete reforçar as campanhas de prevenção e conscientização dos adolescentes através dos canais televisivos e das redes sociais além aumentar a disponibilidade de contraceptivos. À família, cabe educar seus filhos a não abandonarem suas responsabilidades e apoiar suas filhas já que elas enfrentam maiores riscos durante a gravidez.