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Enviada em: 10/05/2018

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência compreende dos 10 aos 19 anos e de acordo com a Biologia, é nessa faixa etária que ocorre o pico dos níveis hormonais, o que pode acarretar o início da vida sexual e se este não for acompanhado por métodos contraceptivos pode ocasionar tanto o aumento de gravidez indesejada quanto o de doenças sexualmente transmissíveis. Nessa dinâmica, cabe analisar os fatores que corroboram para o Brasil estar com o índice de gravidez na adolescência acima da média da América Latina –com base nos dados da OMS- e os efeitos que esse evento pode trazer para a adolescente.             As informações sobre os métodos contraceptivos são fornecidas nas escolas, na televisão, nos postos de saúde e na Internet. Entretanto, os jovens -apesar de conhecer a prevenção- não sabem se precaver de forma adequada e consequentemente, compromete o funcionamento desses métodos, seja pela utilização de forma errônea ou por questões pessoais como o medo de ser rejeitada pelo parceiro. Além disso, a gravidez precoce está associada diretamente pelo baixo nível financeiro e de escolaridade, uma vez que as jovens nessa situação possuem pouca perspectiva de futuro e são desinformadas em relação a esse evento.                     Nesse mesmo viés, a gestação na juventude representa um problema de saúde pública, visto que causa riscos à saúde da mãe e do bebê, além de ter um impacto socioeconômico. Este é explicado pela evasão escolar das jovens mamães e devido a isso apresentam uma maior dificuldade em arrumar um emprego, além de possibilidade de sofrer a rejeição por parte tanto da família quanto da sociedade. O parto prematuro, a perda de peso, o risco de anemia, diminuição da autoestima, a depressão, o baixo peso do bebê e o risco de malformação no feto representam algumas das consequências de uma gravidez precoce devido ao despreparo estrutural do corpo da adolescente que não está apto para desenvolver um filho.             Destarte, a gravidez na adolescência está em evidência no Brasil devido à falta de uma educação sexual dos jovens, visto que eles sabem sobre os métodos anticoncepcionais, mas não sabem como usar e negligenciam as consequências. Portanto, é de suma importância que haja o incentivo e a orientação para o uso dos contraceptivos, tanto por intermedio dos pais quanto por palestras promovidas pelo Ministerio da Educação e da Saúde nos intervalos de aulas nas escolas, com o intuito de garantir a eficiência dos métodos. Outrossim, é importante a ampliação do acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva nas unidades básicas de saúde dos bairros com o propósito de reduzir os riscos de uma gravidez prematura.