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Enviada em: 13/05/2018

A gravidez precoce de adolescentes evidente no Brasil é uma significativa questão. Apesar de o PCN (parâmetro curricular nacional) ser responsável pelos conteúdos que devem ser analisados em sala de aula, também define os temas transversais que serão debatidos de forma interdisciplinar nas classes, sendo que a gravidez precoce um deles. Logo, é indubitável que o problema da gestação na adolescência é consideravelmente agravado pela precariedade da educação sexual ofertada pela escola e pela família, e diante disso, pode gerar graves consequências para o jovem sem instrução sobre o assunto, como a evasão escolar.   Em primeira análise, é imperioso destacar que a negligência das famílias e das escolas em relação à educação sexual fomenta a questão da gravidez na adolescência. Nesse sentido, é fato afirmar que assuntos sexuais são considerados como tabus na sociedade atual, tendo em vista que muitas famílias pregam discursos religiosos contra atos sexuais ou ficam embaraçados com a questão, assim como os professores que não fornecem esse ensino aos alunos. Analogamente à citação de Immanuel Kant, " É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.", pode-se inferir que ao prover conhecimento ao indivíduo de forma efetiva, o problema tende a diminuir.   Por consequência disso, é possível notar que o entrave da gestação na juventude no Brasil colabora para a perpetuação do ciclo da miséria diante da significativa evasão escolar gerada. De acordo com pesquisas feitas pelo site LVB (Legião da Boa Vontade), 75% das adolescentes que engravidam, abandonam a escola e não trabalham, logo, a partir disso, pode-se afirmar que a gravidez tende a gerar o abandono dos estudos diante das dificuldades enfrentadas pelos jovens e da pouca perspectiva de vida daqueles que são de uma classe mais baixa e acabam se acomodando com a situação e decidem sair da instituição escolar, agravando o ciclo da miséria.   Percebe-se, portanto, a necessidade de combater a maternidade precoce no Brasil motivada pela precariedade da educação sexual. Logo cabe às escolas investirem na propagação de informações sobre o sexo, através de aulas e palestras abertas ao público que discutam o uso de preservativos e informem sobre os anticoncepcionais, envolvendo médicos que saibam como usar pílulas e suas consequências. Assim como também é dever das famílias ampliarem o contato com os jovens a fim de instruí-los sobre o assunto e evitar a maternidade na juventude. Além disso, a mídia deve fazer uso de propagandas e programas sobre os métodos preventivos da gravidez e os riscos que ela pode trazer à vida e à saúde do indivíduo buscando disseminar informações e diminuir o número de casos no país.