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Enviada em: 03/04/2018

No longa metragem “O quarto de Jack”, uma das realidades apresentadas é a gravidez indesejada. No exemplo, por meio de abuso sexual. Casos semelhantes a esse são comuns na atualidade presenciada. Entretanto, o aumento do número de mulheres gestantes na adolescência tem despertado preocupações nos estudiosos da saúde popular e desenvolvimento pessoal, social e psíquico dessas jovens. Isso, porque apesar da inclusão do estudo, nas escolas brasileiras, de problemas oriundos do ato sexual desprotegido, são escassos os ensinamentos da facilidade de fecundar um ovócito ainda que sem penetração e é evidente a série de complicações provenientes.         Desde o sexto ano do ensino fundamental, a educação sexual tem sido efetiva nos centros de ensino. Assim, os jovens crescem com a consciência de contração de doenças curáveis e incuráveis que podem ser adquiridas através de uma relação e, em mesma instância, reconhecem o desenvolvimento corporal. Com o avançar dos anos, as informações são intensificadas e especificadas, porém, a alerta das possíveis formas de iniciar uma gestação são mínimas. Além disso existem outros fatores contribuintes, como a reformulação dos pensamentos medievais e religiosos de que relacionar-se com o parceiro é permitido apenas após casório.         Diante disso, a banalização do ato deu origem a famílias desestruturadas, jovens despreparadas para a maternidade e condições de vida precárias aos recém chegados ao mundo. O que agrava a situação em maior intensidade são os abortos ilegais, realizados pela pressão e desestabilidade psicológica da nova mãe, o abandono de crianças e, somado a isso, a instabilidade no desenvolvimento psíquico, estudantil e social da jovem gestante. Não apenas doenças mentais ou pobreza, mas é evidente o preconceito familiar e social a elas.         Infere-se, pois, que é necessário a resolução dos problemas dispostos. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação a reformulação das exigências quanto à disciplina de educação sexual, incluindo as diversas instruções de como engravidar, para que os casos de fecundação indesejadas sejam mitigados. Junto a isso, é papel das instituições sociais de grande influência, como a Igreja e a Família, pregar e informar aos fiéis e filhos a importância da estruturação financeira e pessoal antes de colocar no mundo um novo ser e formar uma família, pois a vida não restringe-se à expressão máxima do código gênico, mas às condições apresentadas a ela no meio em que vive.