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Enviada em: 03/04/2018

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de natalidade, na faixa etária de dez a quatorze anos, no país não tem acompanhado a tendência natural de redução observado nas outras idades. Este fato pode ser atribuído a várias e importantes causas, contudo, duas principais chamam atenção, são elas: ineficiência da educação sexual brasileira e a violência sexual persistente.       Em princípio, é importante ressaltar que a falta de orientação sexual na escola e no ambiente doméstico gera um quadro de vulnerabilidade por ignorância, sem as informações adequadas os jovens são alvos fáceis. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a educação sexual deve começar aos cinco anos de idade e ser adaptada a faixa etária, no Brasil, atualmente, não há uma política pública de educação e sexualidade, dificultando, com isso, ações de prevenção.    Outrossim, vale pontuar que a violência sexual persistente contra adolescentes é um importante fator contributivo para a ocorrência de gravidez na adolescência. Há ainda uma naturalização de relações sexuais entre adultos e jovens, principalmente entre indivíduos menos favorecidos, onde essa relação é vista como uma forma de sustento, tanto para a jovem abusada sexualmente, como para seus familiares.             Dessa forma, a fim de combater a persistência da gravidez na adolescência é salutar enfrentar a violência sexual contra adolescentes e implementar a educação sexual brasileira. Com isso, o Ministério da Saúde deve incluir o tema sexualidade e violência sexual nas ações do Programa Saúde na Escola, executado pela Atenção Primária, com a finalidade de debater o assunto com os jovens e seus familiares, por meio de oficinas, rodas de conversa, palestras, objetivando, dessa maneira, disseminar informações corretas e promover o diálogo e a mudança de prática entre jovens. Só assim conseguiremos, a longo prazo, reduzir o número de jovens grávidas no país.