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Enviada em: 05/04/2018

É indiscutível a predominância do machismo na sociedade vigente. As mulheres, entretanto, a partir da Constituição de 1934, no primeiro governo de Vargas, iniciam sua luta por direitos, adquirindo a permissão de votar, papel masculino até então. Contudo, a mentalidade inserida na história, ainda cultivada hoje, alimenta na cabeça de adolescentes brasileiras a possibilidade da gravidez precoce, que aliada à falta de informação constroem um número alarmante de gravidezes em meninas dos 13 aos 19 anos. A teoria do fato social de Durkheim liga a mentalidade atrasada abordada no pensamento machista à consolidação do estigma de que a mulher possui somente a função reprodutiva. Devido à generalidade trazida pelo teórico nesse tópico, a população como um todo é influenciada a transformar a mulher em objeto sexual. Devido a esses transtornos, muitas adolescentes violentadas sexualmente tornam-se reféns da gestação indesejada. Ademais, segundo Kant, a educação constrói o homem e lhe influencia em suas ações. Partindo desse pressuposto, conclui-se que a propagação de instruções acerca o assunto influencia diretamente a frequência da gravidez em adolescentes, tendo em vista que o uso correto dos meios contraceptivos fazem toda a diferença. Considerando-se a predominância em jovens de baixa renda, as quais possuem educação precária, cerca de 18% das mulheres que dão a luz no Brasil se incluem na faixa etária citada anteriormente. Dito posto, há necessidade da discussão sobre gravidez na adolescência e da reflexão referente aos problemas que ela gera. Com isso, inclui-se ao Governo Federal a incumbência de criar leis mais incisivas a respeito do abuso de menores, de promover propagandas informativas na TV aberta que alertem os prejuízos do pensamento machista, além da garantia de subsídios para o fornecimento de educação de qualidade à todas as classes sociais, afim do resguardo de jovens e de sua conscientização.