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Enviada em: 20/08/2018

Nas sociedades antigas, o casamento e, consequentemente, a gravidez precoce eram considerados normais. Na Grécia, por exemplo, esta prática era muito incentivada. Hodiernamente, no Brasil, infelizmente, os números mostram que essa realidade da antiguidade continua ocorrendo, visto que o país possui o maior índice de gravidez infantil da América Latina, de acordo com a OMS. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como os prejuízos causados por uma gestação prematura e as ferramentas disponíveis para combater esse problema.       Em primeira análise, cabe pontuar que a gravidez na adolescência não só traz prejuízos à saúde, mas também sociais. Um indivíduo que engravida na adolescência corre riscos de conceber uma criança que possua uma saúde enfraquecida, de debilitar-se e até de morte. Essa afirmação é confirmada pela diretora da OPAS(Organização Pan-americana da Saúde) e destaca o perigo da prenhez antes dos 18 anos. Ademais, no que tange aos danos sociais, é possível afirmar que por ter pouca experiência na vida, grande parte das garotas menores de idade não estão preparadas emocionalmente e psicologicamente para ser mãe. Se não bastasse isso, a gestação nesse momento está diretamente relacionada a evasão escolar e a menor inserção no mercado de trabalho, segundo dados do Instituto Unibanco.       Entretanto convém frisar que existem meios para combater essa questão. O principal deles é a utilização de métodos contraceptivos, todavia o problema não está somente nisso. O que mais falta é a exortação ao uso deles. O jovem necessita ser estimulado a utilizá-los. Caso contrário, ele não tirará proveito dessas ferramentas. Outra forma de buscar a diminuição de casos de prenhez infantil é proibindo-se o casamento de pessoas com menos de 18 anos, tendo em vista que a gravidez geralmente acompanha a união matrimonial, conforme relatório da ONU.       Segundo Gandhi, o futuro dependerá daquilo que se faz no presente. Sendo assim, o Ministério da Saúde deve conscientizar a população acerca da importância da prevenção e do aconselhamento sexual aos mais jovens, sobretudo da família. Essa ação ocorrerá por meio de palestras em escolas estaduais e dependerá do governo estadual no que diz respeito à cessão do espaço para realização delas. Dessa forma, a intervenção tem como finalidade fazer com que o jovem seja mais consciente nas suas escolhas relacionadas à saúde e, por conseguinte, diminuir os índices de gravidez infantil no Brasil.