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Enviada em: 05/04/2018

O elevado número de adolescentes grávidas é uma preocupação social e um caso de urgência de saúde pública. Nos países da América Latina, o Brasil está entre os primeiros lugares com a maior taxa de nascimentos em jovens com idade entre 15 a 19 anos, segundo a Organização Mundial de Saúde. Esta realidade propõe que sejam tomadas medidas sócio-educativas mais eficazes e exige maior atenção por parte do Estado. O Número de bebês nascidos de mães adolescentes no Brasil teve uma queda de 17% entre 2004 e 2015, segundo o Ministério da Saúde. Apesar do número absoluto ter diminuído, houve pequena variação nos últimos anos. Apesar do aumento de campanhas para uso de preservativos e pílulas anticoncepcionais, a persistência deste fato entre as jovens deve-se sobretudo às condições de pobreza em que vivem. Pesquisas demonstram que o nordeste brasileiro tem os maiores índices de adolescentes grávidas. Não se pode contrariar que atualmente com maior acesso à internet e campanhas para prevenção de gestação precoce e indesejada, ocorreu um certo progresso para diminuir o problema, mas este acesso deve ser reforçado através da educação sexual na escola e dialogada de forma aberta em casa. O que acontece ainda é que, devido à resquícios do patriarcalismo histórico e os paradigmas que envolvem o assunto "sexo" com adolescentes, cria-se uma maior negligência social à questão. Assim, conclui-se que há necessidade de políticas sociais com adesão de pais e corpo docente na educação voltada para contornar o problema, e incentivos de programas psicopedagógicos que estimulam o esclarecimento sobre prevenções e que seja proposta para estas jovens terem um futuro melhor sabendo se programar e se cuidar ao longo desta fase mais conturbada da adolescência.