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Enviada em: 05/04/2018

Apesar da disponibilidade de métodos contraceptivos fazer-se presente à população canarinha, a questão da gravidez na adolescência, no Brasil, é ascendente, principalmente nas populações economicamente mais frágeis. Hodiernamente, a falta de acesso à educação sexual nas escolas e a ausência do diálogo da família junto a concessão do casamento precoce, faz com que essa problemática esteja ligada intrinsecamente, aos casos de gravidez durante a adolescência no país. Nesse contexto, medidas devem ser tomadas para solucionar esse impasse que afeta nossa população.  A ausência do diálogo envolvendo a educação sexual no âmbito escolar, tem sua contribuição ao quão leigo a maioria dos jovens são, no quesito de métodos contraceptivos. Por mais que exista medicamentos para evitar a gravidez à mercê dos adolescentes, é muito comum a existência de dúvidas sobre como tais, deveriam ser tomados ou usados. Tal fator, reflete na facilidade daqueles que não sabem sobre como controlar a taxa de natalidade ou a qual contraceptivo de emergência recorrer, de engravidar. E, além do acontecimento uma gravidez precoce, outras consequências são desencadeadas como; riscos à saúde da mãe e do bebê, problemas físicos e psicológicos e comumente o abandono dos estudos, que futuramente traz dificuldades ao adentramento ao mercado de trabalho.  Segundo a teoria ''Habitus'' de Pierre Bourdieu, a população naturaliza padrões sociais que são impostas à sua realidade e depois, começam a segui-los. Desde a Idade Antiga, aos primeiros sinais de puberdade, a jovem já era submetida ao casamento, independente de sua concepção. Apesar de ser uma tradição vetusta, tal fator ainda se faz bastante presente no cenário tupiniquim, . A concessão por parte dos pais, ao casamento na adolescência, faz com que desencadeie um processo de atividade sexual precoce, e que talvez, poderá ser visto como normal e se fará presente  durante gerações. Afetando assim, não só a qualidade de vida do adolescente, mas também da criança que carrega em seu ventre.  Torna-se evidente, portanto, que a questão da gravidez na adolescência no Brasil, precisa ser revisada. Em razão disso, cabe ao Governo Federal com a parceria de canais de comunicação, investir em propagandas que conscientizem os pais, sobre como a gravidez precoce influência na vida de seus filhos, e como o uso do diálogo sobre tal assunto é importante. Ademais, o Ministério da Educação, deve instituir nas escolas, palestras sobre educação sexual, dadas por ginecologistas e urologistas onde irão instruir e sanar dúvidas, sobre atividades sexuais.