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Enviada em: 10/04/2018

O filme “Preciosa” denota a história de uma jovem de apenas 16 anos, que vive em situação de vulnerabilidade econômica, social e familiar, e por precariedade instrucional, torna-se mãe com essa idade. O relato se passa nos Estados Unidos, na década de 90, entretanto, no Brasil, em pleno século XXI o cenário não é diferente.        É indubitável o crescente índice de adolescentes entre 14 e 19 anos grávidas, no contexto brasileiro atual. Tal fato alarma e torna-se preocupante, pois nessa faixa etária os jovens geralmente encontram-se ainda em fase escolar, de conhecimento e construção de um futuro pessoal e profissional. Porém, tendo em vista o supracitado, observa-se atualmente um cenário diferente quando se trata de meninas que engravidam nesse período, sendo este pautado em abandono escolar, e no caminhar para uma vida com desenvolvimento psicossocial conturbado.         Todavia, apesar de haver diversas vertentes que levam ao fato de ser mãe jovem, a perpetuação da história ainda se faz fortemente presente, onde mulheres que se tornaram mãe precocemente possuem grande probabilidade de se tornarem avós também mais cedo, principalmente ao observar contextos de maior vulnerabilidade social. Além disso, a falta de diálogo entre pais e filhos acerca dos métodos contraceptivos e das conseqüências de uma gestação precoce – muitas vezes por tabus impostos pela sociedade -, também é uma questão que influencia para o aumento dos números de gravidez na adolescência. Sendo assim, faz-se necessário a implementação de medidas a fim de minimizar o índice de jovens gestantes.         Depreende-se então que o Ministério da Saúde em parceria com o Ministério da Educação deveriam realizar palestra, debates e mesa redonda entre os jovens, pais e professores, dentro das próprias escolas, com intuito de integrar os três grupos dentro da problemática em questão, promovendo uma melhor orientação sobre as causas e conseqüências da gravidez precoce, visando além de minimizar os índices desta, também instruir pais e professores sobre como abordar e lidar com o assunto. Além disso, para evitar o abandono escolar, o Ministério da Educação poderia promover a conclusão do Ensino Médio por meio da plataforma de ensino à distância, com apenas provas obrigatoriamente presenciais. Dessa forma, haverá menos “Preciosas” no cenário brasileiro, e mais futuros preciosos.