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Enviada em: 07/04/2018

Hodiernamente, no Brasil, assim como em vários outros países subdesenvolvidos, ainda é alta a taxa de gravidez na adolescência. Infelizmente, o aumento de informações sobre o assunto e a criação de diversos métodos contraceptivos não são suficientes para controlar tal problema. São vários os fatores que podem explicar esse fato. Dentre eles, pode-se destacar a insuficiência de informações na escolas sobre as consequências de uma gravidez na adolescência, como por exemplo, o risco na saúde da adolescente e do bebê, as despesas, as responsabilidades, e também, a vulnerabilidade das jovens de classe baixa, que se tornam mais suscetíveis à gravidez devido à falta de informações e de acesso à contraceptivos.    É indubitável, de fato, que o sistema educacional brasileiro apresenta um grande deficiência não só em relação aos conteúdos programáticos, como também em relação a formação social dos alunos. São poucas as escolas que discutem temas de destaque em nossa sociedade e que induzem os jovens a buscarem mais conhecimento sobre diversos assuntos, como é o caso da gravidez. Geralmente, é ensinado nas salas de aula como ocorre a reprodução e quais são os meios de evitá-la, mas pouco se fala sobre as consequências que ela pode gerar. A maior parte das adolescentes engravidam sem ter conhecimento sobre o risco à sua saúde e à do bebê, o que aumenta as chances de morte durante o parto. Outrossim, o abandono escolar torna-se comum.     Ademais, deve-se salientar que a maior parte dessas adolescentes que se tornam mães ainda na adolescência pertencem a classes mais baixas e vivem em ambientes permeados de criminalidade, tráfico de drogas e violência. Concomitantemente com a falta de informações e acesso à contraceptivos, essas jovens se tornam muito mais vulneráveis a esse problema. Na maioria das vezes, elas são alvo de ameaças e de violência, sendo obrigadas a obedecer ordens. Sim, elas perdem a autonomia do seu próprio corpo.   Diante do exposto, cabe ao Ministério da Educação criar um projeto para ser desenvolvido nas escolas, principalmente nas periferias, o qual promova palestras e debates sobre as consequências da maternidade precoce, a fim de que as jovens brasileiras tenham maior acesso à informações. É também papel da escola formular medidas que impeçam o abandono escolar, como por exemplo, gravar aulas e disponibilizá-las para as alunas juntamente com as avaliações em suas casas, acompanhadas de um educador. Além do mais, o Governo deve investir em mais médicos ginecologistas e obstetras nos postos de saúde das periferias, oferecendo um maior acesso à informações e cuidados com a saúde dessas adolescentes.