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Enviada em: 08/04/2018

De acordo com o Ministério da saúde, 70% dos casos de gravidez na adolescência é indesejado. Ainda segundo o Ministério da saúde, esses casos tiveram queda de 17%, porém o país apresenta índice de países que permitem o casamento infantil. Nesse contexto, deve-se analisar como a omissão familiar e a vulnerabilidade social provocam os casos de tal problemática na vida dos adolescentes brasileiros. Diante disso, a ausência dos pais no processo educacional dos filhos é a principal responsável pela gravidez na adolescência. Isso acontece porque, os pais passam muito tempo no trabalho e acabam não tendo tempo para diálogos importantes como os filhos. Além disso, muitos ainda enxergam o sexo como tabu e não permitem, inclusive, que as escolas abordem essa temática. Em decorrência dessa omissão, os jovens, muitas vezes, acabam desenvolvendo um sentimento de autonomia responsável pela gestação indesejável, pois os adolescentes não são educados a conhecer os métodos contraceptivos existentes. Por conseguinte, segundo o jornal Rede Minas apenas 3 a cada 10 adolescentes, já tiveram uma conversa sobre sexualidade com os pais e 60% das entrevistas têm vergonha de falar sobre sexo e contracepção. Dessa forma. atrelada à omissão familiar, a vulnerabilidade social também é responsável pelo abandono escolar e dificuldade de inserção no mercado de trabalho. Isso decorre, pois. pessoas com déficit no contexto socioeconômico apresentam, muitas vezes, baixa escolaridade, falta de informação e de planejamento. Por consequência, a um aumento da evasão escolar e manutenção do ciclo de pobreza, pois é difícil de obter boas ocupações no mercado de trabalho sem uma boa escolaridade. Em decorrência dessa vulnerabilidade, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada mais de 75% das adolescentes que têm filhos abandonam a escola, e de acordo com o programa para juventude do Fundo de População das Nações Unidas, a incidência de gravidez na adolescência é mais frequente entre mulher de grupo de maior vulnerabilidade social. Torna-se evidente, portanto, que a família deve elaborar maneiras corretas de conversar com seus filhos. Em razão disso, a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescentes deve, a fim de buscar a conscientização disseminar, nos meios de comunicação, propagandas que mostrem aos pais as consequência que a omissão deles na educação sexual dos filhos pode causar. Assim, o número de gravidezes na adolescência, irá reduzir notavelmente.