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Enviada em: 08/04/2018

Uma maternidade matura     A partir da metade do século XX, com os avanços técnico-científicos, a queda na taxa de fecundidade tornou-se uma conquista em quase todos os continentes. No entanto, a insistência demasiada de gravidez na adolescência, em países emergentes, como o Brasil, contraria essa tendência de diminuição. À vista disso, fica em destaque os riscos fornecidos por uma gestação precoce, o qual é motivada pela ausência de informações, quanto à prevenção, bem como por fatores históricos que se encontram enraizados na saciedade.        A inexistência de um programa educacional que forneça  informações, em ambientes escolares, em relação às formas de se prevenir a gestação precoce, permite que esta realidade se perpetue, contribuindo para que um grande número de adolescentes fiquem com a sua juventude comprometida, como também a sua vida. Face ao exposto, vale ressaltar dados da OMS (Organização das Nações Unidas), o qual constata que, no ano de 2014, 1,9 mil adolescentes morreram em virtude de complicações durante a gravidez. Destarte, fica evidente que a prevenção é a melhor solução.       Outrossim, determinados fatores históricos, a exemplo do casamento infantil e do abuso sexual de crianças, que ainda representam a realidade brasileira, são motivos cruciais para a existência de jovens gestantes no passado e no presente. À vista disso, vale destacar uma pesquisa do Banco Mundial, que afirma que brechas existentes, na legislação brasileira, possibilita a permanência deste cenário, no qual, em 2010, 88 mil crianças, entre 10 e 14 anos, estavam casados legalmente. Deste modo, fica evidente que as próprias leis brasileiras condenam as jovens à propensão de uma gravidez.        Diante dos fatos mencionados, é notória a inevitabilidade de medidas que modifiquem este contexto. Para isso, cabe ao plenário, em conjunto com o Ministério da Educação, a introdução de aulas obrigatórias e eficientes, relacionadas à informação sobre formas de prevenção, quanto às DSTs a à gravidez; como também uma reformulação na legislação brasileira, a partir de uma petição pública, pressionando o legislativo a fim de impossibilitar que qualquer "brecha" permita a união legal entre menores de idade. Desta forma, tem se a possibilidade de mitificar esta realidade e viabilizar que a maternidade esteja assistida pela maturidade.