Enviada em: 10/04/2018

O filme estadunidense, "Namorados para Sempre", retrata a vida da jovem estudante Cindy que viu-se grávida inoportunamente. Todavia, apesar de se tratar de um relato fictício oriundo de outro país, esse fato é perceptível na sociedade brasileira. Com efeito, torna-se válido avaliar as causas e soluções dessa realidade atrelada a condições histórico-sociais e informacionais.   Em primeiro plano, o machismo existente em pleno século XXI transforma o sexo, imprescindível para a perpetuação da espécie humana, em um tabu dentro das famílias. Por conseguinte, meninas que iniciaram sua vida sexual, muitas vezes escondidas de seus pais, não se sentem confiantes para conversar com eles e questioná-los a respeito. Assim, essa cadeia de reações corrobora com a posição de sétimo país no ranking de taxas de gravidezes adolescentes na América Latina, como mostram dados divulgados pelo Fundo de População das Nações Unidas em 2017.  Além disso, países desenvolvidos apresentam índices de nascimentos a cada mil adolescentes aproximadamente 40% menores do que os registrados em emergentes e subdesenvolvidos, revelam pesquisas da OMS. Isso ocorre porque em localidades como os Estados Unidos e o Canadá, por exemplo, o assunto é mais debatido nas escolas e dentro das casas. Dessa forma, os jovens se tornam mais responsáveis e informados a respeito de contracepção, das DSTs e dos riscos biológicos, psicológicos e financeiros que uma gestação precoce pode trazer.   Fica claro, portanto, que a problemática supracitada tem suas causas vinculadas a um pensamento patriarcal e à ineficiente abordagem nos meios educacional e familiar. Diante desse cenário, urge a atuação governamental concomitante à educacional: os Ministérios da Educação e da Saúde devem promover; nas escolas públicas e privadas; constantes debates e apoio psicológico por meio de sessões e assembleias entre ginecologistas, professores, psicólogos e estudantes de modo que esses se tornem conscientes de suas ações e aprendam a dialogar com os pais.