Materiais:
Enviada em: 10/04/2018

É fato que a gravidez na adolescência está em evidência no Brasil. Essa proposição pode ser ilustrada nos índices da Organização Mundial da Saúde que mostram que o país, hoje, se encontra com uma das maiores taxas de maternidade adolescente. Por conseguinte, algo deve ser feito para contornar a situação de conhecimento e educação desigual para a sociedade, visto que, a maior causa dessa condição é a falta de informação. Embora o acesso à tecnologia tenha estado cada vez mais acessível para os grupos desfavorecidos, a cultura e o contexto social em que a menina está inserida contribuem para o aumento dos casos de maternidade precoce.      De certo, grupos que vivem no interior são afetados pela falta de políticas e informações que cheguem até eles. Ao analisar que a gravidez é gerada pela relação sexual sem uso de métodos contraceptivos, o não conhecimento dos mesmos, principalmente na fase adolescente - caracterizada pelos atos irracionais, gerará consequências. Entretanto, atualmente, os números relacionados ao tema estão diminuindo, visto que, a tecnologia atual está atingindo todos os pontos do globo. Isso faz com que o conhecimento sobre como se dá a prevenção da gravidez seja compreendido por todos e os únicos casos sejam apenas os desejados, evitando assim possíveis abortos e abandonos.       Ademais, nessa realidade, ilustrada nos 90 mil casos de jovens mães apenas no Estado de São Paulo, nota-se o início prematuro da vida sexual do indivíduo, o que tem como causa, o contexto em que a criança está inserida. Casos familiares de gravidez precoce, podendo promover um sentimento de normalidade, abrem portas às jovens para o não uso de métodos contraceptivos. Tal meio pode gerar também um sentimento de insatisfação, vendo, assim, a maternidade como uma saída da dependência dos pais.     Tendo em vista tais argumentos, o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Saúde, deve promover campanhas, por meio de palestras em todas as escolas e comunidades do interior, que visam levar o conhecimento sobre os métodos contraceptivos. Isso deve ocorrer não apenas para acabar com a gravidez na adolescência, mas sim, também, com as doenças que podem ser sexualmente transmitidas - quando não há uso de camisinha. Cabe também aos pais e responsáveis dialogar com as crianças, visto que, é um meio de prevenção. Essa conversa deve ser esclarecedora, por meio de exemplos e casos, para que os adolescentes passem a pensar antes de tomar atitudes irracionais. Só assim a maternidade precoce não será um problema em evidência no Brasil.    No Brasil, em meados do século XX, a gravidez na adolescência era considerada natural. Casamentos eram feitos entre meninas de 13 anos e homens mais velhos, e, consequentemente, sua vida sexual se tornava ativa precocemente. Hodiernamente, atingindo a população mais pobre e com menor escolaridade, a condição mantém uma relação intrínseca com a falta da informação.