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Enviada em: 12/04/2018

Uma problemática cultural e social              "Eu tinha um sonho para viver. Um sonho cheio de esperança"- Essa é uma fala da personagem Fantine, de uma adaptação do romance "Os Miseráveis", ao deparar-se com uma realidade de pobreza e abandono, após uma gravidez inesperada. Nesse contexto, insere-se muitas adolescentes, principalmente, em países onde há maior índice de desigualdade social e preconceito de gênero, muitas vezes, levando-as a situações perigosas. Dessa forma, é fundamental, que o debate sobre educação sexual seja suscitado no ambiente familiar e estimulado pelas mídias modernas.                   Nessa perspectiva, no Brasil, assim como alguns países da América Latina, é observada uma sexualização precoce da figura feminina, por meio de músicas, novelas e propagandas publicitárias que exibem mulheres jovens em gestos sexuais. Todavia, a discussão acerca da sexualidade, ainda é repudiada, considerada um tabu para muitos familiares, até mesmo dentro da sala de aula.             É notório que, em uma sociedade com forte influência religiosa, que mantêm ideais conservadores, a adolescente de classe social baixa sofra mais as consequências. No romance, "O crime do Padre Amaro", a jovem Amélia, que se envolve em um relacionamento proibido, morre durante o parto devido a uma gestação indesejada. No cotidiano contemporâneo, uma adolescente procura métodos clandestinos para praticar aborto, e na maior parte dos casos, também vem a óbito, pela falta de prevenção  e informação.                 Nesse viés, vale lembrar que, um filho na adolescência também é o motivo pelo qual muitas mulheres jovens abandonam os estudos e procuraram subempregos para sustentar suas famílias.  Sendo assim, esse é o fato por que muitas mães jovens e pobres são marginalizadas, isto é, são impedidas de se profissionalizarem devido à falta de recursos, e sofrem sem inclusão social. Nesse aspecto, tendo em vista o constante debate sobre igualdade de gênero, faz-se necessário preocupar-se com a gravidez na adolescência, especialmente, entre a população de baixa renda.                Por isso, o dever de falar sobre os perigos da gravidez precoce não deve ser apenas restrito à esfera escolar, antes, é preciso que esse seja um tema corrente na educação dentro das famílias. Para isso, pode ser usado, um veículo comum de comunicação moderno, as redes sociais na internet. Uma mobilização, com intuito de conscientizar os familiares sobre este debate, seria promovida pelo terceiro setor e pelos recentes influenciadores digitais. Dessa forma, a curto e longo prazo, os números de adolescentes que tornam-se mães poderiam ser substancialmente reduzidos no Brasil.