Materiais:
Enviada em: 13/04/2018

É possível afirmar que o número de adolescentes grávidas no Brasil vem aumentando de forma alarmante. Entre outros fatores relacionados a esse fenômeno destacam-se: o crescente índice de evasão escolar e os numerosos casos de mortalidade de gestantes entre 13 e 19 anos de idade. Nesse sentido convém analisarmos as principais consequências desse fenômeno para sociedade brasileira.       Relativo à evasão escolar entre outros fatores destaca-se: o fato de a mãe não ter o apoio da família para ajudar com os cuidados à criança e a falta de incentivo por parte do governo com a criação de vagas em creches para que o bebê receba os cuidados necessários enquanto a mãe frequenta as aulas. De acordo com G1 site de notícias "online", 75% das mães adolescentes brasileiras estão fora da escola. É inadmissível que o Ministério da Educação não dê a devida atenção para essa estatística absurda em relação ao abandono escolar dessas jovens grávidas, o que acarreta em menor qualificação escolar e consequentemente maior desigualdade social no país.       Além disso, é preocupante a quantidade de adolescentes grávidas que morrem todos os anos no Brasil. A falta do apoio familiar faz com que as essas meninas escondam a gravidez da família e deixem de fazer o pré natal, acompanhamento médico que pode identificar possíveis problemas com a mãe e o bebê e que muitas vezes são resolvidos com intervenção médica. O não acompanhamento médico pode causar intercorrências que podem levar a morte da gestante e da criança. Ademais, muitas dessas meninas com medo da reação da família optam pelo aborto clandestino que ocorrem em locais inadequados e em algumas situações leva a mãe a óbito. Parafraseando Nelson Rodrigues, o jovem tem todos os defeitos do adulto e mais um: o da inexperiência. Isso nos permite refletir o quanto essas adolescentes necessitam de mais orientação, apoio e diálogo familiar pois, a inexperiência aliada ao desespero leva à atitudes drásticas e irreversíveis.       O governo, portanto, deve através do Ministério da Educação criar políticas para orientação da comunidade escolar, promovendo palestras que informem aos alunos os meios de prevenção e as consequências da gravidez na adolescência. Deve ainda o Ministério da Educação através das prefeituras municipais criar vagas nas creches para que as mães possam deixar seus filhos e assim tenham condições de prosseguirem com a vida escolar. Aliado a isso, o Ministério da Saúde deve promover palestras sobre métodos contraceptivos e riscos da gestação precoce, no sentido de diminuir os índices de gravidez na adolescência e as consequências sociais que possam causar ao Brasil.