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Enviada em: 13/04/2018

O documentário brasileiro "meninas" da diretora Sandra Werneck retrata os dilemas de quatro adolescentes grávidas que vivem na periferia do Rio de Janeiro. A realidade mostrada no filme aponta que os principais fatores para justificar o alto índice de jovens grávidas no Brasil, são a falta de diálogo e a não utilização de métodos contraceptivos.       A pediatra Philippa Gordon disse em entrevista que atualmente as garotas tem ouvido mais sobre doenças sexualmente transmissíveis e menos sobre gravidez. Muitas vezes por possuírem uma família conservadora, especialmente o pai, que não mantém um diálogo acerca do tema e trata sexo como tabu. Muitas adolescentes ainda tem em mente que possuir uma vida sexual ativa é algo errado, por isso não devem falar a respeito com seus pais, quando na realidade, essa falta de diálogo é o maior problema entre a família.       Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 9 em cada 10 garotas de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar uma possível gravidez indesejada, mas mesmo assim, 6 em cada 10 destas adolescentes não usaram preservativo em sua última relação sexual por confiarem em seus parceiros e alegarem que transar com preservativos atrapalha o prazer do companheiro.       O sistema único de saúde brasileiro (SUS), disponibiliza oito métodos contraceptivos gratuitos para as mulheres, mas nem todas ainda possuem conhecimento a respeito disso. Com isso, o ministério da saúde deveria comprometer-se com a produção de campanhas pública de saúde nas escolas, onde médicos e agentes da área explicariam as mudanças que ocorrem no corpo das meninas nessa idade e como os medicamentos irão agir no organismo, deixando a jovem ciente. É necessário um olhar especial para aquelas adolescentes que tiveram seus filhos recentemente, dando apoio e estrutura para elas se reintegrarem na sociedade, fornecendo vagas em creches e escolinhas, permitindo que mãe trabalhe e conquiste seu espaço.