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Enviada em: 16/04/2018

A gravidez na adolescência, no Brasil, é um problema atual que merece devida atenção, pois a gestação precoce em mulheres de 15 - 19 anos tem como consequência danos físicos, sociais e, principalmente, psicológicos irreversíveis para as gestantes. Tais consequências estão associadas ao fato de que a grande maioria dessas gestações ocorrem em regiões de baixa renda que carecem de instrução, apoio psíquico, disponibilidade de serviços de saúde necessários para manter uma gravidez saudável e recursos financeiros para manter as crianças após o nascimento.    As regiões mais pobres do país são desprovidas de mecanismos que impedem a gravidez das jovens brasileiras. Exemplo disso está na falta de uma difusão maior sobre as consequências de uma gestação na juventude por parte da escola - que muitas vezes foca em prevenir DST´s e esquece que a prevenção desta não impede diretamente uma gravidez em muitos casos - e das famílias que ainda carecem em diálogo com seus filhos, por bloqueios sociais e religiosos impostos pela sociedade.    Outrossim, a carência dos recursos básicos de saúde necessários para manter saudáveis mães e fetos durante a gravidez, principalmente em localidades carentes, coloca em risco a vida das gestantes e dos seus filhos. A falta de um pré-natal descente em regiões carentes, impede a previsão probabilística de uma jovem poder o não ter um filho - pois muitas ainda estão com o corpo imaturo para isso, o que poderia matá-las. Ademais, é preciso dar atenção às questões mentais, pois a falta de acompanhamento psicológico adequado para muitas dessas jovens pode levá-las a tomar atitudes imprudentes, como o aborto e o abandono de crianças. Essas atitudes geram, involuntariamente, nas adolescentes, memórias imunológicas negativas que causam bloqueios físicos e psíquicos.   A fim de atenuar os casos de gravidez na adolescência, é preciso que o Ministério da Saúde, juntamente com as escolas, principalmente de ensino médio, promovam palestras que possuam testemunhos presenciais - se possível na localidade - ou virtuais, de meninas que tiveram suas vidas afetadas após e durante a gravidez, com o intuito de provocar empatia nas jovens da plateia, conscientizando-as a ter discernimento quando forem escolher de que maneira realizarão seus atos sexuais, somado a prática do diálogo sexual em família por parte dos pais, pois a influência familiar está diretamente ligada com as atitudes dos mais novos. Somado a isso, para evitar o aborto, o abandono de crianças e os óbitos em salas de parto, cabe ao governo aumentar e garantir homogeneidade na distribuição dos recursos destinados a saúde, além de garantir fiscalização na aplicação desses, por meio de fiscais destinados a isso. Com a aplicação de tais atitudes, as taxas de gravidez na adolescência e as consequências negativas por ela causada serão atenuadas.