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Enviada em: 22/05/2017

Segundo Sigmund Freud, pai da psicanálise, o novo sempre despertou perplexidade e resistência. Nesse sentido, é comum que aquilo que se apresente como diferente cause impacto. Todavia, é de grande relevância preservar o respeito. Assim, o combate à homofobia apresenta-se como uma questão essencial para a sociedade brasileira, uma vez que tal prática não reconhece o outro enquanto indivíduo detentor de direitos. Além disso, perpetua uma cultura de desrespeito e violência, que deve ser combatida.          Em verdade, a prática da homofobia limita o outro enquanto indivíduo detentor de direitos e se apresenta bastante danosa. Embora a Constituição Federal de 1988 garanta, em seu artigo quinto, o direito à igualdade como inviolável, isso não se consolida na sociedade brasileira, que é ,em grande parte, homofóbica. Assim, o atual cenário de aversão a homossexuais é fruto de uma cultura de preconceito presente no Brasil. O escritor Adolfo Caminha, em sua obra "Bom-Crioulo", retratou essa realidade ao mostrar os impasses sofridos no relacionamento de dois homossexuais na marinha brasileira. Desse modo, é essencial acabar com essa cultura homofóbica para se efetivar os direitos.               Ademais, esse cenário perpetua uma cultura de violência, que deve ser extinta. De acordo com dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, a cada hora um homossexual sofre violência no Brasil. Somado a isso, dados da ONG Transgender Europe apontam o país como o que mais mata travestis e transexuais no mundo. Logo, é essencial mudar isso.           Evidencia-se, portanto, que medidas precisam ser tomadas para reverter esse quadro e mitigar a resistência ao novo, descrita por Freud. Assim, o governo, por meio do Ministério da Educação, deve criar a "Cartilha de Combate à Homofobia", que deve ser distribuída em universidades e escolas e debatidas em aulas de Sociologia. Além disso, a família deve ser ativa e reprimir práticas homofóbicas. Somado a isso, a criminalização de tal prática, por parte do Poder Legislativo, faz-se essencial, além de criar delegacias especializadas para apurar as denúncias. Dessa forma, com respeito e compromisso, será possível combater a homofobia no Brasil.