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Enviada em: 27/05/2017

Na série americana "Sense8", alguns personagens vivem a questão da homofobia. No ano de 2016, foi gravada uma cena na Parada Gay de São Paulo, na qual o personagem, que é ator, se declarava gay para seus fãs e público. A série também mostra as dificuldades de aceitação da família de outro personagem transexual. Fora da ficção, as dificuldades enfrentadas pela população homoafetiva ainda são muito presentes e envolve preconceitos enraizados na sociedade.    É importante pontuar, de início, que a família tem papel fundamental na criação de preconceitos. A família tradicional brasileira constituída por pai, mãe e filhos é conservadora, dessa forma, famílias não convencionais são vistas como fora do padrão e não são aceitas na sociedade. De acordo com Emile Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e pensar. Seguindo esse raciocínio, a criança que nascer em famílias com comportamento preconceituoso e discriminatório, tende a adotá-lo também por conta do convívio em grupo.   Além do papel da família, o Estado também tem papel importante. O direito de ir e vir de todo cidadão, garantido pela Constituição, é afetado quando homossexuais, transexuais ou travestis correm o risco de violência nas ruas por intolerância. Em 2016, foram mortas 343 pessoas pertencentes ao grupo LGBT, o que significa, aproximadamente, que a cada 25 horas, pelo menos uma pessoa é assassinada. Dessa forma, o Estado deve garantir a segurança e os direitos de qualquer cidadão.    Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para resolver a questão da homofobia. Desse modo, o MEC deve instituir em todas as escolas palestras ministradas por pedagogos que discutam sobre o tema. Além disso, o poder público deve criar leis que criminalizam a homofobia, dando proteção e amparo aos homossexuais, travestis e transexuais. Ademais, a mídia pode denunciar os casos de discriminação e agressão, a fim de buscar justiça às vítimas, e também, conscientizar a população, podendo, então, construir uma sociedade menos homofóbica.