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Enviada em: 03/06/2017

"Toda unanimidade é burra." Ainda no século XX, Nelson Rodrigues defendia suas ideias em amparo ao não pensamento uniforme. Atualmente, observa-se que a não aceitação do diferente estabelecido pela sociedade conservadora é produto da ignorância. Baseando-se nessa perspectiva, torna-se imprescindível analisar os motivos pelos quais os homossexuais são violentados e os efeitos gerados por essa opressão.   É fundamental, em uma primeira observação, ressaltar que a intolerância homoafetiva é proveniente de um passado incoerente. Isso porque opressores utilizam-se de estudos realizados desde Maquiavel, de dominado e dominador, para sustentar sua ideia de superioridade. Dessa forma, o dominador acredita ser superior e impõe a inferioridade no oprimido, o que acaba por confrontar com a Constituição Federal, artigo 5, o qual garante o princípio de isonomia.   É notório admitir, portanto, que o problema em questão gera um ciclo de transtornos sociais. Tal fato ocorre através da violação dos Direitos Humanos. Segundo dados do G1, no ano de 2016, foram reportados 35.840 denúncias de caráter homofóbico. Apesar da subnotificação, as estatísticas comprovam que os casos contra homossexuais só aumentam no Brasil. Assim, repressões por estereótipos somado ao medo daqueles que sofrem preconceito, gera a sensação de "anomia social", já estudado por Durkheim, caracterizado pela ausência de direitos.    Compreende-se, portanto, que a homofobia é produto da ignorância. Logo, cabe ao Poder Público redirecionar recursos para mais campanhas midiáticas e publicitárias com o propósito conscientizador da sociedade sobre o ativismo de cada cidadão em prol de denunciar abusos contra homossexuais. Paralelamente a isso, é preciso que o Ministério da Educação institua debates que visem o respeito às minorias. Pois, segundo Gandhi, "o futuro depende daquilo que é feito no presente."