Materiais:
Enviada em: 15/06/2017

Manhã solidária na Avenida Paulista lotadíssima, pessoas do mundo inteiro fantasiadas a rigor enaltecendo suas tendências: eis um retrato cultural dos homoafetivos na Parada Gay em São Paulo. É fato que tal evento demonstra o avanço no exercício social do grupo formado por gays, lésbicas e transexuais. Porém, há ainda elevado índice de práticas ofensivas que insistem em destrata-los por sua opção sexual.                No viés religioso, em particular, a formação da família envolve o relacionamento de um homem e uma mulher. Na evolução humana foi o molde canonizado que imperou-se   não havendo espaço para outro padrão. Entretanto, quando uma pessoa assume sua identidade sexual como integrante do LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros) há dissensão nas esferas familiar, profissional e escolar. São relatos de expulsão da casa,demissão sem aviso prévio e isolamento e intimidação na escola. No documentário "Não fique calado diante da Homofobia", de Candé Salles, é apresentado casos de violência e discriminação e confirma que a causa da problemática é o preconceito sexual.                           Nesse panorama é percebido que a sociedade conservadora, intolerante e contribui para essa injustiça de gênero. "A identidade sexual escolhida, sendo contrária à estabelecida, ainda permanece cercada por ilha de ignorância." Essa fala do Doutor Drauzio Varella, em entrevista sobre Sexualidade, traduz um alerta do rol de prejuízos humano e social causados pela Homofobia. Atinge-se com predominância o campo profissional em ações de exclusão social, desigualdade de gênero e desprestígio. Tudo ocasionado por um detalhe da intimidade que não diminui a inteligência humana.          Diante do exposto, é necessário redesenhar o cenário homofóbico no Brasil. Para altera-lo três medidas devem vigorar, para conte-lo no futuro. Deve-se criar a partir de lei federal secretarias especiais da diversidade sexual em todos os estados e em parceria a lei estadual tem a obrigação de estabelecer delegacias especializadas e o Ministério da Cultura deve  elaborar projetos a longo prazo para fomentar no cinema e na música, com artistas famosos, o direito legitimado e o respeito de fato ao Homoafetivo como cidadão.