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Enviada em: 18/06/2017

Há apenas 27 anos, a Organização Mundial da Saúde tirou o termo "homossexualismo" da classificação de doenças ou problemas relacionados à saúde. Porém, mesmo saindo dessa classificação homofóbica, em 70 países a homossexualidade ainda é vista como crime. Já no Brasil, todos tem direito à liberdade sexual, mas, muitas pessoas não respeitam esse fato, praticando atos violentos que, por vezes, saem impunes. Dessa forma, a homofobia é um problema presente e constante na sociedade brasileira que precisa ser superado.   Segundo um relatório feito pelo Grupo Gay da Bahia, o número de gays, lésbicas, transexuais ou bissexuais mortos, no Brasil, bateu recorde em 2016. Segundo levamento da mesma, foram 340 LBGT's mortos em 2016 por crime de ódio. Desses 340 mortos, a maioria ficou impune, são apenas boletins de ocorrência esquecidos e que não fazem justiça alguma ao ocorrido, já que, no Brasil, a homofobia não é considerada crime. Assim, muitos homofóbicos cometem crimes de ódio e não precisam nem, ao menos, se preocupar se vão sofrer alguma consequência, enquanto isso, a cada 27 horas, morre um homossexual.   Em suma, é possível observar que a homofobia tem raízes na cultura da sociedade brasileira que trouxe uma hierarquização sexual em que heterossexuais estão no topo e se veem melhores que homossexuais. Essa hierarquização se baseia em uma história de submissão e machismo, ou seja, do preconceito, fruto da ignorância que, por ventura, nasce da falta de conhecimento. Nesse contexto, está na educação nacional a solução para a aceitação de todas as formas de amor existentes, pois como disse Emmanuel Kant: "O homem é aquilo que a educação faz dele".   Em síntese, e concluindo que a homofobia é um problema atual e que precisa ser superado, é necessária a aprovação de um projeto de lei que vise a criminalização da homofobia e aplique penas a serem cumpridas, assim como ocorre com o racismo, para que a sociedade brasileira veja que é inaceitável a prática de qualquer tipo de violência contra LGBT's. É fundamental, ainda, que a homofobia seja assunto de estudo em aulas de sociologia e, ainda, debates, por meio de palestras, em escolas e instituições de ensino para que lhes seja ensinado que todos devem respeitar a diversidade sexual e o amor em todas as suas formas. Pois, como disse Nelson Mandela: "Para odiar, as pessoas precisam aprender a odiar e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar".