Materiais:
Enviada em: 17/06/2017

Na Segunda Guerra Mundial, o influente ditador alemão Adolf Hitler, marcado por sua ideologia nazista, exterminou milhares de homossexuais em campos de concentração. Com o fim da guerra, muitos movimentos surgiram com a proposta de descriminalizar a homossexualidade - que até então era considera crime - e garantir seus direitos civis. No entanto, embora muito se tenha conquistado, ainda há um longo caminho para extinguir a visão preconceituosa e homofóbica que está entranhada na sociedade.    Primeiramente, é importante ressaltar que a homofobia é fruto de uma construção social. É indubitável que parte - ou não dizendo, maioria- desse preconceito está fundamentada na religião, que condena e abomina o homossexualismo com base nas escrituras sagradas. Desse modo, grande parte das famílias não aceitam quando um membro se assume homossexual, o que piora a situação, pois isso pode fazer com que o indivíduo venha a se tornar um possível agressor. Um exemplo disso foi o atentado na boate Pulse, em Orlando, ocorrido em 2016, em que o próprio frequentador da boate e supostamente gay, matou 50 pessoas à mão armada.       É importante reconhecer também o descaso do Governo no que tange aos direitos LGBTs. O projeto de lei 122, que criminaliza a homofobia, transmita há onze anos no Congresso e ainda não foi aprovado; com isso, um ataque a um LGBT consta apenas como uma agressão qualquer. Ademais, o péssimo atendimento nas delegacias faz com que eles se sintam intimidados e não denunciem a violência. Como consequência de todo esse preconceito, as vítimas podem desenvolver depressão e têm cinco vezes mais chances de cometer suicídio, segundo o jornal "Ondda".      Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para o fim da homofobia no Brasil. Como o filósofo Immanuel Kant afirma, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Sendo assim, a família deve dialogar mais com seus filhos sobre esse tema, estimulando-os a respeitarem todos de maneira igualitária, a fim de que haja uma desconstrução social. A Escola, por sua vez, deve realizar palestras para pais e alunos que discutam e abordem a homofobia, bem como todas as suas mazelas. À mídia, cabe promover ficções engajadas nas novelas, além de dar maior enfoque aos LGBTs. O Governo, deve dar maior atenção ao projeto de lei 122, a fim que seja aprovado, além de melhorar o atendimento nas delegacias através de cursos com psicólogos que orientem os profissionais. Desse modo, conviver com o diferente em harmonia não seja mais uma utopia na sociedade.