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Enviada em: 30/06/2017

As práticas homofóbicas são, sobretudo, um ataque à dignidade humana. O que corrobora tal afirmação é a impossibilidade dos homossexuais expressarem sua orientação sexual ou identidade sexual, sendo ridicularizados e vistos como anormais por parte da sociedade. Desse modo, não raro, sofrem com preconceito, discriminação e, infelizmente, agressões físicas e psicológicas. Assim, faz-se necessário analisar as causas desse execrável crime, bem como as consequências para o público em questão.             Segundo o filósofo Emile Durkheim, as atitudes humanas são exteriores, gerais e coercitivas aos indivíduos, isto é, ninguém nasce odiando seu próximo, mas sim ensinadas a odiá-lo. Por exemplo, é sabido que crianças que passam a infância a escutar e presenciar atitudes de intolerância e desrespeito ao público homossexual dentro do lar, quando em adulto, irá reproduzir tais valores aprendidos ( ou obrigados ) no âmbito familiar em sociedade.   É importante pontuar, ainda, que a homofobia ganha respaldo na própria insuficiência de leis. Ao contrário de países, como Suécia, Espanha e Inglaterra, o Brasil não possui uma legislação específica, a qual possa julgar e condenar atitudes homofóbicas. Assim, a liberdade para o crime é aumentada, o que justifica o crescente número de gays, lésbicas, e travestis alvos de violência pelas ruas do país.    Outrossim,é válido salientar os efeitos do preconceito sobre a vida desse segmento. Estes, comumente são excluídos de determinados círculos de amizade e, por onde passam, só os olhares das pessoas servem para expressar o tamanho ódio que sofrem. Consequentemente, vários homossexuais acabam se isolando do convívio social, situação essa capaz de levá-los à depressão e, em casos extremos, ao homicídio.    Percebe-se, portanto, que para a redução da tenaz intolerância sexual é necessário a atuação do governo e de mudanças na mentalidade das próprias pessoas. O Congresso Nacional deve criar uma lei capaz de condenar qualquer atitude de violência ou preconceito aos homossexuais. Ademais, o Governo deve investir em propaganda nas mídias que abordem sobre essa questão, com objetivo de impedir as crescentes atos supracitados. Em adição, a escola pode abrir espaço para debates entre filhos, pais e mestres, no intuito de uma conscientização acerca da importância do respeito à opção sexual de cada indivíduo. Quem sabe, assim, o fim da homofobia deixe de ser uma utopia para o Brasil.