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Enviada em: 13/07/2017

Durante vários períodos da história a homossexualidade foi tratada como tabu. Apesar de que em algumas civilizações ocorresse a relação entre pessoas do mesmo gênero, a exemplo da Grécia Clássica, na maioria das vezes esse ato tornou-se inaceitável, sobretudo no âmbito religioso. Em alguns  países do Oriente Médio, a punição efetivava-se com a morte do condenado. Hodiernamente, no Brasil, os homossexuais obtiveram conquistas significativas, como o casamento legalizado. Contudo, ainda persiste a discriminação, retratada nos diversos casos homofóbicos. Isso ocorre visto que há não só o preconceito enraizado na sociedade,deficiente participação das escolas e famílias,como também a inexistência de lei  que criminalize a intransigência à opção sexual.     Primeiramente, ressalta-se que o preconceito existente na sociedade aliado a violência dificultam o processo de socialização dos indivíduos. Essa realidade é infelizmente tratada em muitos casos com naturalidade por meio de críticas destrutivas ou piadas maldosas, que acabam levando ao constrangimento. Ademais, pesquisas comprovaram que 80% dos estudantes estadunidenses gays, travestis, e transsexuais sofrem grave isolamento social. No pais brasileiro, de acordo com os estudos do Grupo Gay da Bahia, somente em 2013 foram assassinados  312 pessoas homossexuais. Dessa forma, percebe-se que enquanto não houver reconhecimento e mudança na forma de pensar dos cidadãos, esses casos continuarão recorrentes.     Segundo a teoria da tábula rasa de John Locke, o ser humano nasce como uma folha em branco, sem conhecimento, e o adquire por meio da experiência. Nesse contexto, os atos homofóbicos oriundos de jovens e adolescentes estão diretamente relacionados a tese desse filósofo, haja vista que os mesmos são influenciados pelo meio em que vivem. Dessa maneira, comprova-se a baixa atuação tanto das famílias quanto das escolas, posto que essas atitudes preconceituosas não são reprimidas desde cedo,possibilitando a ampliação desses casos.    Evidencia-se, portanto, que a homofobia precisa ser combatida com urgência. É fundamental que o Ministério da Educação, por meio de palestras e entrega de cartilhas educacionais, atue tanto nas escolas quanto nas comunidades, com o intuito de sensibilizar os cidadãos a respeitarem a escolha sexual de cada pessoa. Some-se a isso, a implementação no currículo escolar de matérias que desmitifique as ideias errôneas que denigrem a imagem do homossexual, com a finalidade de que ocorra a autoaceitação daqueles que se sentem reprimidos. Outrossim, é necessário que o Poder Legislativo crie uma Lei que criminalize a homofobia, para que os culpados sejam punidos rigorosamente. Só assim esse impasse poderá ser dirimido da sociedade.