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Enviada em: 11/07/2017

No dia 18 de junho de 2017 ocorreu no Brasil a 21° edição da Parada do Orgulho LGBT. Com o objetivo de reafirmar os direitos dessa comunidade, o evento reuniu milhares de pessoas pelas ruas de São Paulo. Contudo, a questão do homossexualidade no Brasil ainda enfrenta diversos preconceitos que são suscitados tanto no âmbito social quanto no Constitucional .  A priori,  a homofobia tem raízes na cultura da sociedade. Durante séculos a religião foi o principal meio estruturador dessa cultura "heteronormativa" em que relacionamentos heterossexuais são considerados normais e dentro do padrão, enquanto outras variáveis são vistas como anormais, gerando no corpo social uma visão de hierarquização da sexualidade .  Não obstante, devido à esse preconceito estigmatizado,  a comunidade LGBT é diariamente vítima de agressões físicas e verbais. De acordo com o relatório produzido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), 80% do crimes homofóbicos acontecem no Brasil; um  país que constitucionalmente assegura a liberdade de cada indivíduo, inclusive a sexual, porém, na prática o que se observa é uma centro político onde a religião ainda possui forte influência, o que é evidenciado pelo paradoxo da existência de uma bancada evangélica em um estado Laico.  Outrossim,  é importante pontuar a não existência de uma lei específica para crimes de homofobia , como acontece por exemplo, em casos de racismo.  Em vista disso, é necessário que se discuta a atual situação da comunidade LGBT no Brasil. É de suma importância que os Órgãos midiáticos deem enfoque ao tema, trazendo através de novelas e propagandas a importância de se respeitar as diversas relações afetivas existentes, sem que estas sejam vistas como anormais ou erradas.  Paralelamente a isso, é necessário que o Estado, sob o titulo de uma país livre, vigore leis que protejam especificamente a comunidade LGBT, com sentenças específicas a cada tipo de crime. Somente assim, a bandeira LGBT poderá ser levantada com a certeza de completo êxito.