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Enviada em: 15/07/2017

É possível afirmar que as práticas de homofobia são, infelizmente, cada vez mais comuns na sociedade brasileira, tendo em vista a quantidade elevada de agressões, em consonância com o fato de que essas ações homofóbicas não são consideradas crimes. É importante dizer que os números computados pelos órgãos, não dão um panorama real pois, muitas das vítimas não denunciam o agressor, possivelmente com medo de retaliação do mesmo. A homofobia, que na origem da palavra, significa basicamente, "aversão a homossexuais", tem sido um tema bastante discutido e que tem ganhado repercussão em todo o mundo, pois, muitas pessoas tem sido agredidas diariamente, pelo simples fato de serem LGBTQ's e, além de deixarem danos físicos, deixam psicológicos, o que acabam acarretando em problemas futuros, sem falar nos diversos casos de assassinatos, que confirmam ainda mais a realidade doentia em que os homossexuais vivem. Vale salientar que as denúncias feitas nas polícias brasileiras, não podem computar a homofobia como crime, pois, embora sejam práticas terríveis, ainda não são crimes previstos em leis. Segundo Maria Berenice Dias, Presidenta da Comissão da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB, os principais responsáveis para que a homofobia ainda não tenha sido criminalizada, são: a sociedade, que se posicionam de maneira omissa para tal tema e, os legisladores que por medo de não serem reeleitos ou serem taxados como homossexuais, acabam bloqueando essa aprovação; o que acarreta num atraso ainda maior nessas lutas em função do fim dessas práticas. O fato é, enquanto os direitos não forem garantidos para eles, esse tipo de prática ainda vai continuar sendo recorrente, podendo aumentar ainda mais os índices relacionados a esse tema. Sendo assim, a homofobia só deixará de ser questão no Brasil quando passar a ser crime, pois, enquanto o sistema legislativo ainda não der a atenção necessária para esse meio, as práticas vão continuar acontecendo sem que nada possa ser feito. Além dessa criminalização, é necessário uma educação familiar e escolar, para que desde cedo as crianças sejam ensinadas a amar ao próximo independente da opção sexual.