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Enviada em: 18/08/2017

Pitágoras, grande matemático grego, diz em um momento célebre de sua vida que é preciso educar as crianças para não ser necessário castigar os homens. Quiçá, hoje, ele percebesse oportuna sua citação. A postura de muitos cidadãos frente à homofobia é uma das faces mais perversas de uma sociedade em desenvolvimento. Com isso, surge a problemática do preconceito, ligada profundamente à realidade do país.     É significativo destacar que a questão jurídica e sua aplicação estejam entre as causas do dilema. Conforme Aristóteles, a justiça é a base da sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, tal violência anula essa harmonia; haja vista que, embora esteja contido na Constituição o princípio de isonomia, no qual todos devem ser tratados igualmente, muitos ainda persistem em propagar o ódio, ignorando as consequências dessa pratica.     Contudo, é indubitável que o tema está longe de ser resolvido. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Nesse contexto, nota-se que a homofobia se encaixa na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo, também, por conta da vivência em conjunto. Dessa maneira, a continuação de um determinado pensamento, transmitido de geração a geração, age como base forte dessa forma de preconceito, perpetuando o problema no país.     Portanto, cabe a Polícia Civil criar uma ouvidoria pública e online para denúncias anônimas com o fito de investiga-las, protegendo a identidade e integridade das vítimas. Outrossim, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas em crimes de ódio contra grupos LGBT's, a fim de atenuar a prática no corpo social, além de aumentar a pena para quem o praticar. Finalmente, a população, juntamente com a mídia, devem se mobilizar nas redes sociais, com o objetivo de conscientizarem a população sobre os males da homofobia. Assim, o Brasil poder-se-á criar um legado de que Pitágoras pudesse se orgulhar.